Por relacionar o incêndio a um ônibus no Barreiro à morte do irmão, de 15 anos, uma jovem foi presa nessa segunda-feira (17). O irmão dela e outro homem também foram presos na ação. A prisão por apologia ao crime ocorreu depois que o coletivo da linha 1145 (Bairro das Indústrias) foi destruído pelas chamas iniciadas de modo criminoso, por volta das 21h40, na rua Desembargador Reis Alves, no bairro das Indústrias, no Barreiro.
A mulher, de 18 anos, o irmão mais velho dela, de 20, e um outro homem, de 19, foram detidos depois de protestarem no local do incêndio. Durante a manifestação, a jovem concedeu uma entrevista a um repórter na qual dizia que os atentados eram uma represália pela morte do irmão dela – um adolescente de 15 anos suspeito de ter envolvimento no sequestro a um bancário e que foi baleado durante ação da polícia no dia 14. O militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) mataram dois suspeitos em uma troca de tiros com os suspeitos do crime, outros dois envolvidos conseguiram fugir.
Por meio de nota à imprensa, a Polícia Militar informou ainda que a jovem afirmou durante a entrevista que os atentados iriam continuar. Ela e os dois homens foram conduzidos para a Delegacia Regional do Barreiro. Caberá à Polícia Civil apurar se o trio tem envolvimento com o incêndio ou se tem informações sobre os autores do atentado ao coletivo.
A ação
O incêndio ao coletivo da Linha 1145 (Bairro das Indústrias) ocorreu por volta das 21h40 nessa segunda-feira (17), quando dois passageiros suspeitos obrigaram o motorista a parar o ônibus e obrigaram os passageiros a descerem do veículo.
Quando o coletivo estava vazio, os suspeitos retiraram garrafas cheias de gasolina de uma mochila e jogaram na estrutura do coletivo. Em seguida, eles atearam fogo, conforme os policiais. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não conseguiu impedir que as chamas destruíssem completamente o ônibus. Apesar do prejuízo, ninguém ficou ferido.
Protesto
Depois do incêndio, moradores da região denunciaram que a razão do atentado era um protesto à morte de dois homens envolvidos no sequestro da família de um gerente do banco HSBC, na última sexta-feira (14), em Sarzedo, na Grande BH. A ação ocorreu depois que a casa do bancário do HSBC foi invadida por um quarteto armado.
Atualizada às 9h22.