UFMG apura caso de professor que chamou aluno de "macaco" e docente pode ser expulso

Renata Evangelista *- Hoje em Dia
20/03/2013 às 16:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:05

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) abriu um Processo Administrativo Disciplinar (Pad) para apurar o caso de um professor que teria chamado um aluno de 14 anos de "macaco". O fato ocorreu  na segunda-feira (18), no Centro Pedagógico (CP), localizado no Campus da Pampulha, três dias após um grupo de estudantes da universidade realizar um trote considerado de cunho racista e com apologia ao nazismo. A instituição informou que a mãe do estudante procurou a direção do CP na terça-feira (19), para denunciar que o filho sofreu racismo por parte do professor dentro de sala de aula. Após ouvir a mulher, a diretora da escola, Tânia Lima Costa, convidou a mãe do adolescente para retornar à UFMG nesta quarta-feira (20), com o objetivo de esclarecer o caso. O educador admitiu que chamou a atenção do aluno, porém, sem tê-lo ofendido.   “O fato, lamentável sob todos os aspectos, ocorreu e foi repassado à diretoria. Todas as partes envolvidas já foram ouvidas. Fico triste com o episódio, que vai servir de base para novas reflexões, posturas e procedimentos”, lamentou.   Uma Comissão de Sindicância formada por três professores foi instaurada pela UFMG para apurar a denúncia e têm até 60 dias para confirmar se a atitude do professor foi racista. Se confirmado que o docente foi preconceituoso com o estudante, ele poderá ser punido com advertência por escrito, suspensão ou até mesmo demissão.   Uma Comissão de Sindicância da UFMG também está apurando denúncias de racismo contra quatro alunos do curso de Direito. Os envolvidos podem ser expulsos da instituição por terem praticado um trote de cunho racista e com apologia ao nazismo. 

*Com informações de Fernando Zuba

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