UFMG investiga participação de 198 estudantes em trote, mas descarta "nazismo" e "racismo"

Jefferson Delbem - Hoje em Dia
09/07/2013 às 19:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:54
 (Reprodução/Facebook)

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A diretoria da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instaurou um processo administrativo contra 198 estudantes para apurar a participação deles em um trote ocorrido na instituição, em março deste ano. Apesar disso, a portaria número 059/2013 não responsabiliza nenhum aluno pelas palavras e gestos que indicariam "nazismo" e "racismo". Os universitários serão julgados apenas por envolvimento no trote e distribuição/venda de bebidas alcoólicas.   A portaria foi o resultado de uma sindicância que durou 60 dias e que teve o propósito de identificar a participação de cada aluno no fato. O vice-diretor da Faculdade de Direito da UFMG, Fernando Gonzaga Jayme, informou que todos os alunos investigados serão responsabilizados pelos seus atos e que já foi provocado que suas atitudes não condizem com normas da Universidade. "Os envolvidos são acadêmicos dos primeiros e segundo períodos, além de integrantes do Diretório do Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP). As punições serão individualizadas e, vão desde advertência e suspensão, até a expulsão, para casos extremos", explica.    Sessenta e sete estudantes do segundo período de Direito vão ser processados por terem aplicado o trote, 99 do primeiro período por participarem e 32 membros da Diretoria do Centro Acadêmico por terem distribuído ou vendido bebidas alcoólicas. Uma comissão já foi formada para estudar os casos, o que deve durar 60 dias. Quando finalizados, os alunos terão direito a se defenderem.    O trote e repercussão   O trote foi realizado no dia 15 de março deste ano. Alguns dias depois, foram postadas fotos do evento pelos próprios estudantes na web, sendo que, duas imagens chamaram bastante atenção. Em uma delas é possível ver três universitários fazendo saudação nazista, ao lado de um quarto estudante que está amarrado em uma pilastra. Na outra foto, uma jovem com o corpo pintado de preto tem as mãos acorrentadas e é puxada por um rapaz. Ela carrega no pescoço uma placa com a frase: "Caloura Chica da Silva”.

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