UFMG volta a figurar entre 500 melhores universidades do mundo

Hoje em Dia*
17/08/2015 às 15:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:23

Evento será na Praça de Serviços da UFMG (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) voltou a figurar entre as 500 melhores universidades do mundo, segundo o estudo Academic Ranking of World Universities (ARWU), realizado pela Universidade de Jiao Tong, de Xangai, na China, e divulgado no último sábado (15).   A Universidade aparece no grupo 401-500, no qual também está posicionada a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) estão no grupo 301-400. A Universidade de São Paulo (USP) é a brasileira mais bem classificada (entre as 200), e a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, encabeça o levantamento pela 13ª edição consecutiva – o ranking é divulgado desde 2003.   O ARWU é um dos precursores da recente leva de rankings que busca medir e comparar o desempenho de 1.200 universidades em âmbito mundial. A classificação adota seis indicadores: número de ex-alunos vencedores do Prêmio Nobel e da Medalha Field, além dos próprios membros do corpo docente laureados com esses prêmios, número de pesquisadores com trabalhos altamente citados, número de artigos publicados na Nature e na Science, número de artigos indexados no Science Citation Index - Expanded e no Social Sciences Citation Index e a média do desempenho docente por universidade.   Variações   Ao analisar o desempenho das universidades brasileiras no ranking, o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, observa que Unicamp, UFRJ e UFMG subiram posições até 2010 e, nos anos seguintes, tiveram uma tendência de queda. Por outro lado, a UFRGS que, até então estava bem abaixo das outras instituições, vem, gradativamente, melhorando seu posicionamento nas últimas edições.   “Assim, em 2015, essas quatro universidades estão quase empatadas em torno da posição 400 (a Unicamp e a UFRJ um pouco acima, e a UFMG e a UFRGS um pouco abaixo). A USP e a Unesp se encontram mais ou menos estáveis, respectivamente, na primeira e segunda posições”, compara.   Takahashi analisa a queda de posições da UFRJ e UFMG no ranking de Xangai: “Uma possível explicação estaria no fato de que as duas universidades tiveram seu corpo docente substancialmente aumentado a partir de 2010, devido ao Reuni. Novos docentes ingressaram na universidade ainda em estágio inicial de sua carreira, o que significa que somente dentro de alguns anos eles deverão contribuir expressivamente para a produção científica. Como o ARWU mede produção científica ‘per capita’, isso deve explicar a queda de posições dessas duas instituições. Já a UFRGS, que realizou um aumento modesto de sua dimensão por ocasião do Reuni, não sofreu esse efeito”, analisa.   Segundo o pró-reitor, uma mudança metodológica no cálculo do indicador Pesquisadores "Higly Cited" (muito citados) também provocou a redução da pontuação da UFMG e da Unicamp e o aumento da pontuação da USP. “Isso, no entanto, só se manifestou neste ano”, ressalva.   Apesar dessas variações, o professor Takahashi não vê diferenças significativas de posicionamento das universidades – incluindo as brasileiras – na comparação com outras classificações. “Trata-se de mais uma ‘validação cruzada’ da informação que usualmente emerge desses estudos”, conclui.   (* Com UFMG)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por