Desabamento de cânion

Um ano após tragédia, Capitólio limita visitação de lanchas, obriga uso de capacetes e proíbe som

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/01/2023 às 07:30.
 (Divulgação)

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Um ano depois da tragédia em Capitólio, no Lago de Furnas, Sul de Minas, que deixou dez mortos e 27 feridos após um cânion desabar e atingir três embarcações, novos protocolos de segurança foram criados e a região vive o desafio de mostrar o que aprendeu.

A prefeitura da cidade proibiu a visitação no local no dia seguinte ao acidente, ocorrido em 8 de janeiro de 2022, e garante que, hoje, os turistas podem frequentar o ponto turístico em segurança, sem medo.

Um estudo geológico foi feito e levou a criação de normas. A visitação em trechos considerados de maior risco foi impedida. Foram estabelecidos limites de lanchas em alguns pontos e está proibido que elas se aproximem dos paredões. Todas as áreas permitidas estão delimitadas com boias de sinalização.

Segundo a prefeitura, o som nas embarcações, em qualquer volume, também foi proibido, na tentativa de evitar vibrações que possam contribuir para o deslocamento de rochas. A administração municipal garante ter ampliado a fiscalização no lago.

Ainda conforme a prefeitura, os visitantes tiveram que aumentar os cuidados e, agora, além dos coletes salva-vidas precisam usar capacetes para visitar os cânions.

“Essas ações trouxeram a possibilidade de resgatar a fauna e flora terrestre daquele local, que é um dos mais lindos do mundo. Hoje é possível ver nos cânions o pato mergulhão, que é típico de nossa região, mas está em extinção. O turista que visita Capitólio tem a oportunidade de conhecer ainda mais nossa mineiridade, saborear nossa culinária e ser recebido com todo carinho por aqueles que aqui moram”, diz o prefeito Cristiano Geraldo da Silva.

Ocupação nos hotéis

A visitação aos cânions de Capitólio ficou interrompida até o dia 30 de março de 2022. Durante o período, o prefeito da cidade estimou que os prejuízos chegaram a R$ 20 milhões. Um ano após a tragédia, o movimento voltou praticamente à normalidade e, segundo informações do governo de Minas, a rede hoteleira da cidade está com 90% de ocupação.

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