Um dos suspeitos de matar líder comunitário da Ocupação Vitória é preso

Hoje em Dia
30/04/2015 às 17:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:51
 (Polícia Civil / Divulgação)

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A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (29) o suspeito de ter assassinado um líder da Ocupação Vitória, Manoel Ramos de Souza (conhecido como Bahia), de 40 anos, em 31 de março, na comunidade Zilah Spósito, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte.   Após 17 dias de investigações, a equipe de policiais do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios de Venda Nova, concluiu o inquérito policial sobre a morte.   Diego Stefano Gomes da Silva, de 26 anos, suspeito de participação no homicídio, foi preso em 15 de março, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outros dois envolvidos no crime continuam foragidos, são eles Wemerson dos Santos Gomes, de 35 anos, e Cláudio Simão dos Santos (o Cadinho), de 45.   De acordo com levantamentos, Manoel tinha como função a distribuição e redistribuição de lotes no assentamento que coordenava. Era dele também a responsabilidade de verificar o histórico de pessoas interessadas em fazer parte da Ocupação, avaliando os pré-requisitos necessários para tal, como não possuir residência própria.    Sabendo que uma das assentadas, Elane de Fátima Moreira Maia, de 47 anos, não construiu no lote que ocupou e não estabeleceu moradia, Manoel a procurou a fim de que ela cedesse um lote ao casal de idosos que o havia procurado. Em virtude dessa requisição, Elane iniciou uma discussão com Manoel.   Nesse momento, instigados pela suspeita, Wemerson e Cláudio, irmãos de Elane, além do sobrinho Diego, também se juntaram à confusão e iniciaram uma série de agressões físicas contra a vítima. Wemerson e Cláudio estavam armados com machado, martelo e machadinha, o que dificultou que outras pessoas presentes no local pudessem intervir no socorro a Manoel. O trio só cessou as agressões quando a vítima já estava caída no chão. Um dos agressores, Cláudio Simão, é conhecido por possuir muita força física, já que na década de 90 foi campeão brasileiro e sulamericano de boxe.   O homicídio teve repercussão em diversos movimentos sociais, que manifestaram indignação pela brutalidade do crime cometido. A vítima era uma pessoa bem quista e de grande popularidade.    De acordo com a delegada Indiara Froes, que coordenou as investigações, a contribuição da população durante a apuração dos fatos foi de fundamental importância para a rápida conclusão do inquérito e consequente indiciamento dos responsáveis pelo crime.   Diego teve sua prisão temporária decretada e está no Presídio de São Joaquim de Bicas I. Por ter colaborado com as investigações, Elane, que também foi indiciada pelo crime, encontra-se em liberdade. Wemerson e Cláudio continuam foragidos.  O inquérito policial foi encaminhado para a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos.

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