'Colabora com autoridades'

Vale descarta risco em mina de Mariana após interdição feita por agência de mineração

Da Redação
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Publicado em 13/11/2023 às 21:11.Atualizado em 13/11/2023 às 21:23.

A Vale descartou na noite desta segunda-feira (13) o risco iminente na Mina de Fábrica Nova, em Mariana, na região Central. O comunicado ocorre após três estruturas serem interditadas no local por decisão da Agência Nacional de Mineração (ANM), que atestou "problemas de estabilidade". Uma reunião com representantes das defesas civis Estadual e Municipal tratou do assunto. O caso é investigado pelo Ministério Público.

Por nota, a mineradora informou que no local existem "pilhas de estéril", estruturas de aterro constituídas de material compactado. Segundo a empresa, elas são diferentes de uma barragem, pois não sujeitas à liquefação - quando um material rígido passa a se comportar como fluido.

"Não há a necessidade da remoção de famílias", informou a Vale. O mesmo já havia sido informado pelo Governo de Minas

Ainda segundo a empresa, um dique de "pequeno porte" localizado abaixo das pilhas de estéril tem declaração de condição de estabilidade positiva. A mineradora informou que cumpre todas as obrigações legais. "A Vale continuará colaborando com as autoridades e fornecendo todas as informações solicitadas."

Entenda
Problemas de estabilidade colocam em xeque a segurança em três estruturas da Mina da Fábrica Nova, da Vale, em Mariana. A interdição foi feita na sexta-feira (10) pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mas só veio à tona nesta segunda (13).

O órgão também detectou falhas nos sistemas de drenagem. Segundo a ANM, pelo menos 295 pessoas estariam na rota da lama, o que caracterizava a situação como de “risco iminente”. As pessoas moram nas chamadas zona de autossalvamento (ZAS) e poderiam ser atingidas em casos de rompimentos dos reservatórios.

Rompimento de barragem

Em 2015, Mariana foi palco da maior tragédia socioambiental do país, com o rompimento da barragem de Fundão, que atingiu o distrito de Bento Rodrigues. Dezenove pessoas morreram. Os rejeitos também atingiram a bacia do Rio Doce, devastando o curso d'água e provocando estrago em outras cidades mineiras e capixabas.

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