(Divulgação)
A região com maior risco de novos casos dengue em Belo Horizonte é Venda Nova. A informação consta no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, divulgado nesta segunda-feira (26), pela prefeitura.
A incidência de focos do Aedes aegypti na regional está em 1,7%, segundo o levantamento. Apesar de ter o maior risco entre as regionais, esse índice ainda é considerado médio. As regionais Leste (1,1%), Nordeste (1,1%) e Pampulha (1,2%) também apontam nível médio de risco. As demais regionais ficaram no nível baixo.
O levantamento considera níveis baixos aqueles com índice inferior a 1%, percentual de infestação larvária recomendado para minimizar o risco de epidemia, de acordo com a padronização do Ministério da Saúde. O índice entre 1% e 3,9% é considerado médio. Acima de 4% já é considerado alto.
Considerando todas as regionais, Belo Horizonte se encontra no nível baixo, 0,9%. Isso significa que, cerca de 1 a cada 100 imóveis visitados pelos agentes da Secretaria Municipal de Saúde tinha larvas do mosquito.
O LIRAa identifica as áreas da cidade com maior proporção/ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. O levantamento foi realizado em cerca de 45 mil imóveis e apontou que 83,3% dos focos do mosquito estão em ambiente domiciliar.
A pesquisa também indica quais os criadouros predominantes nas áreas. Os cinco principais encontrados foram: pratinhos de plantas (26,5%); inservíveis (19,2%); recipientes domésticos (10,2%); barris/tambores (7,5%); e pneus (6,3%).
Com o resultado do LIRAa, há um maior direcionamento nas ações de combate à dengue, zika e chikungunya, com prioridade nas regiões com maior infestação. “Com o LIRAa vamos intensificar uma determinada ação em pontos de atenção, como exemplo, onde o criadouro predominante foi inservível vamos ampliar os mutirões de limpeza”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta.
Confira a tabela do LIRAa em 2022:
Regional - Índice - Risco
Barreiro - 0,7% - Baixo
Centro-Sul - 0,5% - Baixo
Leste - 1,1% - Médio
Nordeste - 1,1% - Médio
Noroeste - 0,8% - Baixo
Norte - 0,7% - Baixo
Oeste - 0,4% - Baixo
Pampulha - 1,2% - Médio
Venda Nova - 1,7% - Médio
Total de BH - 0,9% - Baixo
Tabela de risco
Alto risco: índice maior ou igual a 4%
Risco médio: índice de 1% a 3,9%
Risco baixo: índice abaixo de 1%
Ações
Visitas
Durante todo o ano, a PBH mantém as ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Os agentes de combate a endemias percorrem os imóveis reforçando as orientações sobre os riscos do acúmulo de água e que podem se tornar potenciais criadouros do mosquito, além de orientar sobre como eliminar estes criadouros e, se necessário, fazer a aplicação de biolarvicidas.
Em 2022, foram realizadas cerca de 4 milhões de vistorias dos Agentes de Combate a Endemias com esse objetivo.
Inseticida
A Secretaria Municipal de Saúde também mantém a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate a mosquitos adultos em áreas com casos suspeitos de transmissão local e em função de uma avaliação ambiental pelas equipes de Controle de Zoonoses. Em 2022 foram realizadas ações com uso UBV em cerca de 23 mil imóveis.
O produto tem o objetivo de eliminar o mosquito em sua fase adulta, em que o vírus pode ser transmitido. A aplicação é realizada com equipamentos especiais e o trabalho ocorre, de preferência, pela manhã ou no final da tarde.
Drones
O monitoramento de focos é feito ainda por meio de drones, cujas imagens tem facilitado a identificação de possíveis focos em locais de difícil acesso para as equipes de Agentes de Combate a Endemias. Os drones também são utilizados para a aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco, quando estes são de difícil acesso para a equipe de Zoonoses. Até o momento, foram realizados 143 sobrevoos com a identificação de quase 17 mil prováveis focos em potencial nas nove regionais do município.
Wolbachia
Há também a expansão do método Wolbachia, que libera mosquitos em todas as regiões do município.
A Wolbachia é um microrganismo intracelular e não pode ser transmitida para humanos ou animais. Mosquitos que carregam o microrganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo assim, o risco de surtos das doenças e da febre amarela. Cabe ressaltar que esse método não envolve qualquer modificação genética do vetor Aedes aegypti.
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