Balanço da BHTrans

Viagens de ônibus em BH diminuíram durante 1ª semana de greve do metrô; sindicato nega mudanças

Lucas Sanches
@sanches_07
31/03/2022 às 12:45.
Atualizado em 31/03/2022 às 13:35

(Maurício Vieira)

Em meio à greve dos metroviários em Belo Horizonte, que chega ao 11º dia nesta quinta-feira (31), as empresas de ônibus da capital reduziram o número de viagens médias oferecidas nos primeiros cinco dias de paralisação, em comparação com a semana anterior. O número consta em balanço divuligado pela BHTrans, que administra o trânsito em BH, e vai contra o pedido de reforço feito às empresas para garantir o transporte dos usuários.

Entre os dias 14 e 18 deste mês, que correspondem à semana útil anterior à greve no metrô, foram realizadas, em média, 16.717 viagens diárias de ônibus. Já na primeira semana da paralisação, entre os dias 21 e 25, foram 16.688  viagens - 29 a menos que no período anterior.

Por outro lado, o número de passageiros que buscaram o transporte por ônibus aumentou. Antes da greve, a média foi de 933.959 passageiros diários; mas na semana seguinte, o número passou para 953.716 passageiros diários. O aumento de passageiros chegou a quase 20 mil pessoas.

Nesta quinta-feira (31), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) divulgou balanço dos primeiros dez dias da paralisação. Segundo o órgão, mais de 100 mil usuários são transportados em dias úteis, e a cada dia de greve, 70 mil são prejudicados pela ausência do transporte. Até o momento, em oito dias úteis de greve, cerca de 560 mil pessoas deixaram de usar o metrô em BH e na Região Metropolitana.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmou que "os números de viagens de antes da greve e de agora estão mantidos". O órgão ressalta que não houve diminuição de viagens, e destacou que algumas empresas tiveram problemas de operação e cancelamento de viagens por conta da falta de óleo diesel. 

Por conta do aumento no preço do diesel, o Setra-BH lembra que as empresas vêm enfrentando dificuldade para realizar viagens extras que cubram o atendimento do metrô. "A total insuficiência de recursos arrecadados no sistema hoje não consegue cobrir despesas básicas como mão-de-obra e combustíveis", completou.

A BHTrans, por sua vez, explicou que houve reforço de viagens e readequação da frota pontuais nas estações São Gabriel, Vilarinho e Venda Nova na primeira semana de greve do metrô. A empresa destacou que o sistema de transporte por ônibus "não tem como absorver toda a demanda do metrô", mas informou que segue no esforço para identificar problemas e adequar a frota nos locais e horários de maior necessidade.

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