A redução da jornada de seis dias de trabalho por um de descanso, o chamado 6x1, tem agitado as redes sociais nos últimos dias. O assunto também foi comentando pelo vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo). Segundo ele, a medida irá gerar desemprego.
“Ao invés de enrijecer a legislação trabalhista, precisávamos partir para um país que admitisse jornada por hora, como o mundo inteiro admite e aqui infelizmente não é admitido. A ideia de enrijecer ainda mais o sistema, como se fosse proteger o empregado, vai gerar desemprego ao longo do tempo”.
Simões disse que a posição dele contrária à PEC 6 x 1 é a mesma do governador Romeu Zema (Novo). Ele participou, nesta terça-feira (12), do 7º Congresso de Novos Gestores, realizado em Belo Horizonte.
Para o vice-governador, o Brasil precisa de uma “legislação mais flexível e não mais rigorosa”. “A gente precisa dar às pessoas a melhor condição para decidirem o tamanho da jornada que elas querem praticar. Se elas decidirem que querem a jornada 6x1, elas podem fazer, mas porque eu não posso fazer uma jornada de 2 horas diárias? Porque a legislação não prevê essa possibilidade, mas poderia fazer sentido para muitas pessoas”.
Escala 6x1
O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agita as redes sociais nos últimos dias. O tema está entre os mais comentados da plataforma X.
Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.
São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.
De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL/RJ), a proposta foi apresentada em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.
*Com informações da Agência Brasil
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