A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, e a vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Tatiana Thomé, estiveram em uma agência do banco no Minas Shopping, bairro União, região Nordeste de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (10). A visita teve o objetivo de lançar o programa ‘Caixa Pra Elas’ no Estado, serviço voltado exclusivamente para o público feminino. 

Sem mencionar as denúncias de assédio envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que vieram à tona no último mês, a vice-presidente da instituição afirmou que o objetivo do programa “é dar uma resposta à sociedade”. 

“É um espaço que nós investimos tanto na prevenção da violência contra a mulher, na promoção da cidadania, do empreendedorismo e de produtos adequados a este público”.

Durante visita, a executiva explicou que a iniciativa está firmada em três pilares. O primeiro, de prevenção da violência e proteção às mulheres. O segundo, de promoção da cidadania e do empreendedorismo com oferta de crédito, orientação e capacitação da mulher. E o terceiro pilar, de produtos exclusivos para o público feminino, como seguro e previdência.

No encontro, Cristiane Britto expôs que muitas mulheres sofrem violência doméstica porque são dependentes economicamente dos agressores. 

“Essa mulher, ela pensa primeiro em como vai sustentar seu filho, seu lar. Esse espaço é para acolher essa mulher e dizer que tem saída, que ela está segura e que ela pode denunciar esse agressor. Vamos ampliar e fortalecer a rede, para qualquer mulher, em qualquer cidade do país saiba onde ela pode pedir socorro e que ela vai ser acolhida de forma humanizada”, declarou. 

Sem apresentar números concretos, a ministra afirmou também que o feminicídio vem caindo em Minas.

Sobre as denúncias envolvendo o ex-presidente da Caixa, a ministra disse apenas que a instituição está aguardando a apuração dos fatos. 

Auxilio Brasil

Ainda durante a visita à agência da Caixa na capital mineira, o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, declarou que, 80% das famílias beneficiárias do Auxílio Brasil são chefiadas por mulheres. Em Minas, são 1,5 milhão famílias assistidas.

“Nós estamos ampliando o auxílio Brasil. Estamos com um programa que, além da proteção social e da ajuda de R$ 600, ele traz uma série de ferramentas de fomento à autonomia dessas famílias. A Caixa entra com foco no empreendedorismo, acesso ao crédito inclusive para famílias de vulnerabilidade social”.

O ministro declarou ainda que o Governo Federal está mudando o conceito do programa de transferência de renda, para um programa que visa a promoção, a ascensão e a emancipação social dessas famílias.

“É uma política assistencial, mas com a assistência voltada para a autonomia destas famílias. Nosso foco é ajudar as pessoas que mais precisam, nesse momento de recuperação social, saindo da pandemia”, declarou.

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