A Prefeitura de Viçosa, da Zona da Mata, decretou, nesta terça-feira (23), situação de emergência em saúde pública no município por causa iminência de surtos de febre amarela e dengue. O decreto nº 5.172 de 2018 autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção dos surtos, como aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços e pessoal de forma emergencial por tempo determinado.

Na decisão, o prefeito Ângelo Cheque considerou os dados da febre amarela no município e região, como a notificação de 105 casos suspeitos de febre amarela na área de abrangência da Unidade Regional de Saúde de Ponte Nova no período de dezembro de 2017 a janeiro de 2018.
Viçosa registra uma morte confirmada por contaminação por febre amarela.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o decreto considera ainda o resultado do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que apontou 3,7% de infestação predial em vários pontos da cidade e coloca Viçosa em estado de alerta sobre um possível surto de dengue.

De acordo com a assessoria, a Secretaria Municipal de Saúde deve divulgar ainda nesta semana um edital para contratação emergencial dos agentes comunitários. Atualmente, são 77 agentes comunitários de saúde e precisa de mais 25. Existem 14 agentes comunitários de endemias em atividade e a pasta precisará contratar outros 31 profissionais.

Ação de emergência em Minas

No último sábado (20), foi publicado no Diário Oficial do Estado o decreto de situação de emergência em saúde pública por causa da febre amarela em 94 dos 853 municípios. Eles ficam nas áreas de Belo Horizonte, Itabira, na Região Central de Minas Gerais, e Ponte Nova, onde está Viçosa, na Região da Zona da Mata.

Em Minas, 25 pessoas já morreram em decorrência de complicações causadas pela contaminação por febre amarela. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) consideram ocorrências registradas em dezembro de 2017 até esta terça-feira (23). Na região da Zona da Mata, foram confirmadas as mortes de pacientes em Barra Longa; em Goianá, em Mar de Espanha, em Porto Firme e em Viçosa.

Ainda de acordo com a SES, 22 pessoas têm a doença e estão internadas ou já receberam alta. Oitenta e sete casos suspeitos aguardam os resultados dos exames. Doze mortes também são investigadas.

Recurso financeiro

Uma resolução publicada nesta terça-feira (23) no Diário Oficial de Minas Gerais determina ainda a liberação de R$ 2,4 milhões para as cidades que tiveram casos confirmados de febre amarela ou aquelas em que macacos morreram em decorrência da doença.

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