Ato em memória

VÍDEO: 272 balões voam no céu de Brumadinho em homenagem às vítimas da tragédia da Vale

Dia foi de muita emoção na cidade, que há 5 anos sofre com as consequências do rompimento da barragem Córrego do Feijão

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
25/01/2024 às 15:43.
Atualizado em 25/01/2024 às 17:03
 (Avabrum / Reprodução)

(Avabrum / Reprodução)

Às 12h28 em ponto, 272 balões vermelhos foram soltos no céu de Brumadinho nesta quinta-feira (25), em uma referência às vítimas que morreram após o rompimento da Barragem na mina de Córrego do Feijão, da Vale, há exatos cinco anos. Três pessoas seguem desaparecidas.

O dia é de muita emoção na cidade que fica na região metropolitana de Belo Horizonte e que ficou mundialmente conhecida devido à tragédia ambiental considerada uma das maiores já ocorridas no mundo.

De acordo com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum), o ato é uma manifestação de luto e uma tentativa de cobrar a Justiça Federal, que segue com o processo de julgamento do rompimento paralisado.

Como forma de relembrar a memória das pessoas que se foram, uma série de manifestações ocorre ao longo do dia. Na noite desta quarta-feira (24), uma carreata tomou conta das ruas da cidade. Diversos carros seguiam o trio com manifestantes discursando ao longo do caminho.

Às 9h desta quinta, dia oficial da tragédia, uma missa foi celebrada. Uma romaria levou os manifestantes até a praça marcada para acontecer todo o evento.

Um dos gestos mais simbólicos, os balões vermelhos tomaram conta do céu no horário exato do rompimento da barragem em 2019. Ao todo foram soltos um balão para cada vítima.

Uma “lista de presença” também ocorreu no local como forma de relembrar todas as vítimas. Enquanto os organizadores liam os nomes, familiares gritavam “presente” e se emocionavam.

Em seguida, mais balões foram soltos ao ar, mas dessa vez da cor preta para representar os 1.826 dias passados desde a tragédia.

O rompimento da barragem ocorreu dia 25 de janeiro de 2019. No momento, trabalhadores da empresa Vale estavam no refeitório. Ao todo, 9 milhões de metros cúbicos (m3) de rejeitos vazaram.

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