A madrugada marcada pela destruição causada pelo caminhão carregado de combustível que capotou e pegou fogo na rua da Estrada, às margens do Anel Rodoviário, no bairro Goiânia, na região Nordeste de Belo Horizonte, dá lugar ao trabalho de rescaldo na manhã desta quinta-feira (14).
A principal preocupação do Corpo de Bombeiros é com relação ao combustível que ainda está no caminhão. No combate às chamas, os militares usaram uma espuma própria.
A perícia da Polícia Civil já encaminhou o corpo do motorista ao Instituto Médico-Legal (IML) de BH. Peritos do Instituto de Criminalística estão no local apurando o que pode ter causado o acidente.
Combate às chamas
Conforme os Bombeiros, o chamado para o acidente ocorreu às 2h25. Foram deslocados para o local 23 militares e sete viaturas. Quando as guarnições chegaram, encontraram o veículo tomado pelo fogo e o motorista, carbonizado.
O tanque foi danificado pelo impacto da queda e a carga de combustível vazou, escorrendo com grande vasão e volume pela via, fazendo uma espécie de "rua de fogo". A rede elétrica foi também atingida, mas ainda não se sabe o que poderia ter iniciado a explosão e o fogo.
"Os focos atingiram o líquido inflamável e se propagaram por todo combustível derramado. Labaredas altas se formaram e se alastraram para tudo que estava em seu trajeto, atingindo residências, comércios, veículos, a rede elétrica e uma fábrica", disse os Bombeiros em nota.
A corporação informou que 4 residências foram completamente destruídas pelas chamas, além de avaria da fachada de vários imóveis. Pelo menos 10 veículos foram atingidos pelo fogo.
Para debelar as chamas foram utilizados cerca de 15 mil litros de água, além de espuma.
Sem energia
Cabos da rede de energia pegaram fogo e a Cemig já foi acionada para análise da operação de reparo e restabelecimento. A região encontra-se sem luz. A Defesa Civil está no local para avaliação dos danos estruturais nas edificações atingidas.
O local segue isolado e equipes do Pelotão de Operações Químicas, Biológicas, Radiológicas e Nucleares (PQBRN) do CBMMG, aguardam o transbordo da carga pela empresa responsável.