VÍDEO: drones sobrevoam bairro de BH para mapear e combater focos do Aedes
Aeronaves oferecem visão ampla e detalhada dos locais, permitindo a identificação de focos e combate às larvas do Aedes
Drones de última geração foram utilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte para mapear focos do mosquito Aedes aegypti no bairro Jardim Europa, em Venda Nova, nesta terça-feira (26). A tecnologia permite identificar rapidamente locais propícios para a proliferação do mosquito, facilitando o trabalho dos agentes de combate a endemias.
Com câmeras de alta resolução, os drones sobrevoam a região e capturam imagens detalhadas. A Inteligência Artificial auxilia na análise dessas imagens, indicando os pontos exatos onde os agentes devem atuar. "Essa tecnologia nos permite agir de forma mais rápida e eficiente, direcionando nossos esforços para onde realmente é necessário", afirma Eduardo Viana Vieria Gusmão, diretor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde.
Além da rapidez, os drones oferecem uma visão mais ampla e detalhada dos locais, permitindo a identificação de focos que seriam difíceis de encontrar em uma inspeção tradicional.
"Para mapear, utilizamos a matriz 350, que é o drone mais avançado para esse trabalho. Com um único par de baterias ele é capaz de cobrir 80 hectares em um voo de 40 minutos. Para se ter uma ideia, um ACS visita em torno 20 casas por dia, cerca de um hectare. Em 40 min o drone cobre o que seria 80 dias de um ACS. Mas é importante ressaltar que ele não substitui o trabalho agente, e sim auxilia dando informações par ao profissinoal bater na porta certa", explicou Renato Mafra, que coordena a ação dos drones.
Drone vai a locais de difícil acesso
Segundo Mafra, um outro drone consegue fazer o combate em um local já mapeado e de difícil acesso. "Desde novembro de 2022, já apontamos mais de 50 mil possiveis criadores para a PBH fazer a atuação. Onde eles não conseguem chegar, a gente vem com um drone, com um dispenser patentiado, carregado com pastilhas biológicas, que fazem o tratamento daquele local, que matém ele seguro de larvas por até 2 meses", enumerou.
Embora a tecnologia seja uma grande aliada, a participação da população é fundamental para o sucesso do combate à dengue. Para o aposentado José João dos Santos, cada um deve fazer a sua parte, e onde não consegue chegar, a teconologia ajuda.
"Moro aqui há 56 anos, e das minhas plantas eu cuido. Onde tem alguma garrafa virada para cima, a gente tem que chegar virar elas todas. Mas tem o alto né, as calhas da casa a gente não alcança, aí vem o pessoal da zoonose com o drone e avisa a gente. A casa fica mais protegida, pois eles olham lá de cima, fazem reunião, passam o filme e mostram onde está o foco da dengue", detalhou o aposentado.
Em nota, o executivo municipal informou que, nos casos em que o próprio drone faz o tratamento nos locais de difícil acesso, a substância utilizada não traz nenhum prejuízo ao meio ambiente e nem à população.