VÍDEO: indígena é baleado e morto após briga com policiais na aldeia Xakriabá, no Norte de Minas
Militares teriam sido acionados devido a uma "atitude suspeita" de pessoas
(Reprodução Redes Sociais)
Um indígena morreu e policiais militares foram agredidos em uma briga generalizada na aldeia Xakriabá, distrito de Rancharia, em São João das Missões, Norte de Minas. Aproximadamente 100 pessoas teriam participado da confusão durante um evento. O confronto teria começado após a abordagem policial.
Devido à fúria dos moradores, os militares abandonaram a viatura e fugiram do local em um carro de terceiros. O caso ocorreu na noite de domingo (10). Imagens que circulam nas redes sociais mostram a correria no local, com pedras, cadeiras, garrafas e outros objetos sendo arremessados nos policiais. Veja o vídeo:
Segundo a PM, uma guarnição foi acionada para apurar a atitude suspeita de indivíduos no local. Durante a abordagem, eles teriam sido hostis com os militares, demonstrando insatisfação com o trabalho da Polícia. Devido à falta de evidências, os homens foram liberados.
No entanto, a PM afirma ter sido chamada outra vez pela comunidade indígena para intervir em uma briga generalizada com aproximadamente 100 indivíduos. Dentre eles, estariam inclusive os que haviam sido abordados anteriormente. Neste momento, populares teriam cercado os policiais e começado as agressões.
Os militares teriam tentado, sem êxito, cessar a violência dando ordens e jogando spray de pimenta. Em seguida, efetuaram disparos que atingiram um dos indígenas que estava na confusão. O homem chegou a ser socorrido para o Hospital Itacarambi, mas não resistiu aos ferimentos. Os policiais também foram socorridos no mesmo hospital.
Deputada protesta
A Deputada Federal Célia Xakriabá (PSOL), indígena da aldeia onde ocorreu a confusão, usou as redes sociais para protestar contra a morte do indígena. Ela afirmou que o caso se trata de violência policial e prometeu tomar providências.
“Repudiamos toda violência policial. Estamos oficiando os órgãos necessários contra esse absurdo. Parem de matar indígenas”, afirmou.
(Reprodução Redes Sociais)
*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim
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