Vinte vítimas do golpe do edredom reconheceram, nesta segunda-feira (2), os integrantes de uma quadrilha suspeita de aplicar o golpe em vários estados. Os 11 homens e uma mulher foram presos pela Polícia Civil (PC), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, durante a "Operação Romani", realizada na última quinta-feira (28).
Com os suspeitos, foram apreendidos mais de 1.200 edredons e centenas de panelas. Além disso, a polícia recolheu 11 veículos com placas de várias cidades, todos caminhonetes novas e de alto luxo, avaliados em mais de R$ 1 milhão, máquinas de cartões de crédito, celulares, cupons fiscais e documentos.
Todos os suspeitos tiveram suas prisões ratificadas por formação de quadrilha pela delegada Sheila de Oliveira, do Núcleo de Ações Operacionais (NAOP). A ação foi resultado de investigações da 3ª Delegacia de Polícia Civil, e contou com o apoio de policiais civis do NAOP e outras delegacias locais.
“Foram apreendidos documentos que mostram que o faturamento diário de cada uma das máquinas de cartão de crédito era em torno de R$ 2 mil, o grupo estava deixando a cidade no dia da operação”, explica a delegada Sheila.
Segundo ela, as investigações continuam para identificar mais vítimas do grupo, que teria aplicado o golpe em outros estados. “Os veículos possuíam várias irregularidades administrativas e multas em diferentes cidades, eles permanecem apreendidos e já representamos, junto à Justiça, pela prisão preventiva de todos os envolvidos no golpe”.
Em Juiz de Fora, a quadrilha agia há cerca de duas semanas. Segundo a polícia, eles andavam em comboios e abordavam as pessoas nas ruas, a maioria de classe baixa com cartão de crédito. As vítimas eram convencidas a adquirir os produtos e, ao passar os cartões, debitavam valores acima dos negociados nas compras.