O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, na manhã desta terça-feira (24), que ainda não tem data definida para o pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais.
"Temos nos empenhado ao máximo para que o maior valor, a maior proporção do salário, venha a ser pago o quanto antes, mas ainda não temos uma definição", declarou, em entrevista à rádio Itatiaia.
Em relação à escala de pagamento do mês de dezembro, Zema informou que o cronograma será divulgado até a próxima segunda-feira (30).
Privatização
Zema defendeu a privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), assunto que está em pauta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), como forma de apoio à tentativa de estabilização das finanças mineiras, incluindo o pagamento do 13º.
"Sem as reformas, o estado de Minas não é viável financeiramente. Tem que ficar claro isso. Já aprovamos a Reforma da Previdência, mas o efeito dela será daqui a cinco, 10 anos, a curto prazo o efeito é muito pequeno", disse.
"Então, nós dependemos dessa aprovação da [privatização da] Codemig. Eu espero que os deputados sejam sensíveis a essa questão", finalizou.
Questionado se o Estado terá condições de pagar o 13º mesmo sem a privatização da empresa, Zema afirmou que desejaria pagar 100%, mas que não pode fazer compromisso.
"Seria muita pretensão minha dizer isso. Vamos ter reunião com a Secretaria da Fazenda, para estarmos dando um cenário de como será feito o pagamento, mas nesse momento eu não posso assumir esse compromisso", afirmou.
Zema também pediu compreensão aos mineiros. "Tem gente que fala "você já está há dois anos e não fez", mas igual a alguém que ganha R$ 3 mil e deve R$ 200 mil. Ele não consegue pagar a dívida dele em 2, 3, em 4 anos, mas estamos caminhando para sanar a situação do Estado, sim", declarou.