O ministério da Agricultura acaba de adotar a genotipagem como critério para os exames de paternidade bovina, em substituição aos baseados em tipagem sanguínea. O Grupo Genoa foi a empresa paulista credenciada pelo ministério para a realização do exame, em qualquer lugar do território nacional.
A autorização foi publicada na edição 144, de 28/07 deste ano, do Diário Oficial da União, por meio da portaria nº 97 do ministério.
A medida atende aos critérios exigidos pelos principais mercados consumidores de carne como a União Européia, e a adoção do exame se torna um diferencial necessário para a comercialização do produto nos grandes centros consumidores.
Na Europa, já se adota o conceito do pasto ao prato, onde a identificação de origem do animal é comparada com o destino de sua carne vendida aos consumidores. Com o novo critério, baseado em análise de DNA, o criador recebe uma certificação cujo grau de confiabilidade é superior a 99%, contra os cerca de 50% do exame por tipagem sanguínea.
- O animal examinado terá um Certificado de teste de paternidade que elimina qualquer dúvida sobre sua ascendência - afirma Fábio Diogo, vice-presidente do grupo.
Pecuaristas já podem saber sobre paternidade bovina em teste
autorizado pelo governo federal (Foto: Adriano Madureira)
TECNOLOGIA DE PONTA
Bem antes de a medida ser adotada pelo governo, a Indicus, empresa do grupo Genoa voltada à pecuária foi pioneira em trazer para o Brasil as mais avançadas técnicas de utilização da genética para o melhoramento da espécie, diagnóstico de doenças e certificação de animais.
- Temos tecnologia de ponta, desenvolvida para tornar a nossa pecuária cada vez mais competitiva, garantindo maior lucratividade ao pecuarista - afirma Fábio.
Os testes de paternidade bovina e eqüina oferecidos pela Genoa/Indicus são baseados em seqüenciamento de DNA e seguem os critérios estabelecidos pela ISAG - International society for animal genetics. Com isso, o atestado emitido pela Genoa tem reconhecimento internacional e é aceito nos principais países relacionados ao mercado de importação/exportação de carne.
A mudança, conforme cita o boletim agropecuário marca uma nova fase da pecuária nacional e atende às necessidades de aprimoramento genético do rebanho e incremento da atuação no mercado externo, onde o país lidera as exportações mundiais do produto.
As 190 milhões de cabeças fazem do Brasil o maior rebanho de corte do mundo.
De acordo com o Fórum nacional permanente de pecuária de corte, entre janeiro e outubro de 2004, o faturamento atingiu cerca de US$ 2 bilhões, com a exportação de 1,5 milhão de toneladas de carne.
DESEMPENHO
Porém, entre especialistas do setor, avalia-se que o desempenho brasileiro no mercado externo poderia ser ainda melhor e mais lucrativo. A União Européia e o Japão são mercados onde o desempenho brasileiro fica aquém de seu potencial devido às restrições sanitárias e de origem do produto.
A identificação por DNA, por exemplo, é algo que a UE vem exigindo aos diversos países exportadores de carne como condição para uma atuação ampla em seus mercados.
O Grupo Genoa é uma holding 100% nacional e ganhou reconhecimento mundial por sua atuação na área de biotecnologia humana e animal. Na medicina, a empresa é conhecida por ter lançado comercialmente a primeira vacina contra o melanoma e o câncer de rim.