Virou lenda.
O tal Estádio Antônio Lafetá Rebello pelo que consta será apenas a bela história do que era pra ser e não foi.
Depois de receber e-mail de leitor, em BH, perguntando e ainda esperançoso que este estádio algum dia surja, me atinei para a coisa.
O desportista Denarte Dávila, por exemplo, não quer nem ouvir falar de Mocão. Entre uma risada e outra ele diz: “engordei 10 quilos só comendo coxinhas e pastéis em coquetéis onde se falava em Mocão e no início de sua construção, que jamais aconteceu”.
Como bem enfatizou o jornalista Luiz Ribeiro: “Até hoje, o Mocão se resume a um amontoado de terra ao redor de um buraco no Bairro Santo Antônio, num desperdício de quase R$ 4 milhões, em valores atualizados”.
Ribeiro ainda deu detalhes dos requintes com que foi inaugurada a pedra fundamental do Mocão. Ele informa que a obra foi lançada no início de 1971, com a visita à cidade do então presidente da extinta Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), almirante Heleno Nunes, o então dirigente da Federação Mineira de Futebol (FMF), coronel José Guilherme, e Gil César Moreira de Abreu, que foi o engenheiro do Mineirão.
O clima festivo do lançamento da pedra fundamental da obra incluiu até visita à cidade da Taça Jules Rimet, símbolo da conquista do tricampeonato mundial da Seleção Brasileira na Copa de 1970, no México.
E só.
Retomar a obra hoje está fora de cogitação. Estaria orçada em 30 milhões, dinheiro absurdamente indisponível em qualquer gestão, diante da atual conjuntura que possamos imaginar.
Mas, e aí?
Não haverá nenhuma satisfação para o torcedor da cidade?
O que será feito do terreno em formato oval, terraplenado há 40 anos e que esta lá, abandonado, servindo de guarida de bandidos e desocupados, que colocam em risco a segurança da população que mora nas adjacências?
Com a palavra, a Secretaria de Esportes e Lazer e seu mandatário, Igor Dias.