Janaína Gonçalves
Repórter
Analisar o setor agrícola do país e a capacidade da cadeia produtiva, além de potencializar o intercâmbio comercial no Norte de Minas. Esta foi uma das propostas do 32º AgroEx - Seminário de agronegócio para exportação, que aconteceu na manhã de ontem, 15, no parque de exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros, que teve, em média, 250 participantes.
Na ocasião, o diretor do departamento de promoção internacional do agronegócio, do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eduardo Sampaio Marques, disse que é necessário vencer alguns entraves, como a organização da cadeia produtiva. Para ele, o Norte de Minas tem um potencial rico em frutas cítricas, até então pouco exploradas.
- Precisamos melhorar e facilitar para que os nossos produtos naturais, como laranja, limão e mamão, ganhem mais força no exterior - afirma.
Para o secretário de Agricultura de Montes Claros, Roberto Amaral, o evento veio fortalecer a produção agrícola regional.
- Entendemos o valor e a importância do setor rural - diz.
Ele afirma ainda que os conferencistas vieram, de forma contextualizada, informar e atualizar alguns dados da produtividade nacional e regional.
- Estávamos num processo de exportação entre as culturas locais, agora nos preparamos para comercializar estes produtos para o exterior. Isso vai dinamizar não só o segmento agrícola, mas a economia e a cultura da região Norte de Minas - afirma.
O Norte de Minas segue a tendência do país, tendo a agropecuária como destaque em sua economia. Pólo de irrigação, de fruticultura, de pecuária e, em breve, de biocombustíveis.
- A região, com todo o seu potencial, deve se orgulhar de, além da produção agrícola e pecuária, praticar um agronegócio que sustenta frigorífico que exporta carne, laticínio que leva o nome de Montes Claros aos quatro cantos do país, fábricas de ração, empresas de sementes, de insumos agrícolas e pecuários; deve se orgulhar de produzir banana, limão e outras frutas para o mercado interno e para o exterior - diz.
O agricultor Oscar de Freitas Souto, 60 anos de idade, produz há quase 20 e acredita ser esta uma oportunidade de conhecer um pouco mais o processo de exportação e assim se preparar para, futuramente, investir neste negócio.
A participação do agronegócio mineiro nas exportações totais do estado, no período de janeiro a novembro de 2009, foi de 28,8%, o que representa um aumento de 5,5% na comparação com os 23,3% registrados no mesmo período do ano anterior.
Os dados foram divulgados pelo MDIC - Ministério de desenvolvimento, indústria e comércio exterior e analisados pela superintendência de política e economia agrícola da secretaria de estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.