Morreu, no início da manhã desta quinta-feira, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. Ele, que tinha 79 anos, estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar. De acordo com a instituição, a família não autorizou a divulgação da causa exata da morte.
Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre seus casos mais famosos estão as acusações dos assassinos de Chico Mendes e do jornalista Pimenta Neves e a defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 52 clientes de sua clínica de reprodução assistida.
Atuação no mensalão
Bastos defendeu o ex-dirigentes do Banco Rural e entrou com reclamação contra o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da defesa dos réus para análise do plenário do STF. O advogado atuou também na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas. O ex-ministro, em 1990, após a eleição do presidente Fernando Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido dos Trabalhadores como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em 1992, participou ao lado do jurista Evandro Lins e Silva da redação da petição que resultou no impeachment de Collor.
O ex-ministro é fundador do movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida. É fundador do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
(*) Com Agências