No dia em que a cidade do Rio de Janeiro completa 448 anos, uma greve de motoristas e cobradores de ônibus paralisa, desde a meia-noite desta sexta-feira, a maior parte do sistema de transporte coletivo da cidade. Apenas cerca de 20% dos coletivos - meio de transporte usado por pelo menos 75% das viagens no município - estão circulando, segundo sindicalistas.
Os trabalhadores exigem aumento salarial de 15%, o fim da dupla função (quando o mesmo funcionário atua como motorista e cobrador), vale-alimentação, cesta básica e plano de saúde. A Rio-Ônibus, entidade patronal, oferece apenas 8% de reajuste e anunciou que pedirá à Justiça a decretação da ilegalidade da greve.
A paralisação é mais forte nas zonas oeste, sul e centro, mas atinge toda a cidade. Pontos de ônibus lotados, vans com passageiros viajando em pé e multidões fazendo longos percursos a pé formam o cenário carioca desta sexta. Táxis fazem viagens lotados, cobrando às vezes R$ 20 por passageiro. A paralisação deve durar pelo menos até o início da tarde, porque está marcada para o meio-dia uma assembleia dos trabalhadores.
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