Movimento Passe Livre pede suspensão do aumento de tarifas para acabar com protestos

Bruno Bocchini e Daniel Mello - Agência Brasil
12/06/2013 às 20:04.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:04

SÃO PAULO – O Movimento Passe Livre e o Ministério Público do Estado de São Paulo decidiram nesta quarta-feira (12) apresentar à prefeitura e ao governo estadual uma proposta para suspensão do aumento das tarifas dos transportes públicos. Na reunião, que foi intermediada pelo Ministério Público e contou com a participação de representantes dos governos estadual e municipal, o movimento concordou em parar com as manifestações de protesto nas ruas da capital se a prefeitura e o governo estadual suspenderem, por 45 dias, o aumento das tarifas nos ônibus, no metrô e nos trens.

Pela proposta, nesse período, uma comissão formada por representantes da sociedade civil, do Ministério Público, da prefeitura e do governo estadual faria uma avaliação dos cálculos que justificaram o aumento nas passagens. O Ministério Público comprometeu-se a apresentar a proposta na quinta-feira (13) ao governo do estado e à prefeitura.

No entanto, a manifestação marcada para amanhã em frente ao Teatro Municipal foi mantida. Caso o aumento das tarifas seja suspenso ainda amanhã, o Movimento Passe Livre informou que permanecerá no local, mas para uma festa de confraternização.

Na noite de terça-feira (11), o movimento organizou o terceiro e maior ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. O protesto começou na Avenida Paulista, desceu a Rua da Consolação e seguiu fechando as avenidas Radial Leste, Liberdade e Rangel Pestana. Os manifestantes, que tinham acabado de depredar um ônibus, foram impedidos de entrar no terminal do Parque Dom Pedro II, o que gerou um grande confronto.

A depredação de veículos e os enfrentamentos entre manifestantes e policiais espalharam-se pela região central da cidade, com danos a ônibus, agências bancárias e estações de metrô.

A Polícia Militar prendeu 17 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos de vandalismo, das quais 11 continuavam presas até o início da tarde. A Companhia do Metropolitano de São Paulo estimou que os danos nas estações de metrô cheguem a R$ 36 mil.

Está prevista para a noite de hoje uma vigília pela libertação dos que continuam presos. O Coletivo Desentorpecendo a Razão, responsável pelo ato, alega que houve excesso na ação policial.

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