MP inicia análise de inquérito contra médica no Paraná

Julio Cesar Lima
05/03/2013 às 20:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:36

A promotora Fernanda Nagl Garcez, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Saúde Pública (Caop) em Curitiba, começou nesta terça-feira (5) a análise do inquérito entregue pela delegada Paula Brisola, do Núcleo de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), que investigava a médica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico, Virgínia Soares de Souza, presa no dia 19 de fevereiro sob a acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha. O inquérito tem 32 horas de gravações de interceptações telefônicas e cerca de cem depoimentos.

Por meio da assessoria, o Ministério Público informou que iria falar sobre o caso somente na próxima segunda-feira (11), quando acaba o prazo para o MP oferecer denúncia, pedir novas diligências ou arquivar o caso. No final da tarde de segunda-feira (4), a Nucrisa também indiciou a enfermeira Krissia Wallbach, que permanece em liberdade.

Além de Virgínia, foram presos os médicos Anderson de Freitas, Edson Anselmo e Laís Rosa de Groff e Maria Israela Bocatto. Krissia "permaneceu em silêncio" durante seu depoimento à polícia, conforme o Relatório de Conclusão do Inquérito.

Virgínia é acusada de comandar uma "quadrilha", conforme a Nucrisa, dentro do hospital. Segundo o delegado Chefe da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, as gravações dos áudios mostram uma situação capaz de provocar "comoção social". "Existia uma quadrilha no hospital que vitimava os pacientes", disse o delegado.
Para Michelotto, o silêncio da polícia foi por precaução.

O advogado de defesa de Virgínia, Elias Mattar Assad, deve entregar na quarta-feira (6) um documento ao MP onde, segundo ele, estão descritos diversos problemas ocorridos durante o inquérito. As investigações começaram no ano passado por meio de denúncias anônimas feitas entre os dias 6 e 8 de março de 2012. Foram feitas cinco ligações de telefones públicos para a Ouvidoria do Estado, que em seguida as repassou para o Ministério Público do Paraná. Depois começou o trabalho do Núcleo de Repressão ao Crime Contra a Saúde (Nucrisa).
http://www.estadao.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por