CAIRO - A justiça egípcia ordenou nesta segunda-feira (15) a liberação condicional de Hosni Mubarak, processado pela morte de centenas de manifestantes, mas o ex-presidente egípcio segue detido por outros casos, anunciou a imprensa estatal.
Um tribunal do Cairo "decidiu pela liberação do ex-presidente Hosni Mubarak (...), mas ele segue detido por outros casos que ainda não foram analisados", informou a agência de notícias Mena.
O advogado do ex-presidente, detido desde abril de 2011, havia solicitado a libertação com a alegação de que o cliente já passou dois anos preso, o que supera o período máximo de prisão preventiva, segundo a imprensa.
Apesar da decisão do tribunal, Mubarak permanece detido, já que a promotoria o colocou novamente em prisão preventiva por um novo caso de corrupção.
Mubarak, que foi obrigado a renunciar em 11 de fevereiro de 2011 por uma revolta popular, e seu ministro do Interior foram condenados em junho de 2012 à prisão perpétua por responsabilidade na morte de manifestantes durante a revolta de 2011, que deixou quase 850 mortos.
Seis outros membros da segurança julgados ao mesmo tempo pelas mesmas acusações foram absolvidos.
O Tribunal de Cassação anulou os veredictos em janeiro e ordenou um novo processo para todos os acusados, incluindo para Alaa e Gamal, filhos do ex-chefe de Estado.
No sábado, o novo processo durou pouco tempo, já que o juiz se retirou após uma breve primeira audiência caótica. O magistrado é criticado pela absolvição de autoridades do regime deposto em um outro julgamento. A Corte de Apelação deve escolher também um novo tribunal.
Mubarak se mostrou tranquilo, cumprimentou seus partidários e conversou com seus filhos.