A defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de executar a modelo Eliza Samudio, descartou a hipótese do réu confessar o crime para ser beneficiado com redução da pena. "Bola", que foi indiciado pelo Ministério Público (MP) como autor do homicídio da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, será julgado pelo assassinato na próxima segunda-feira (22), no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Além da acusação do MP, pesa contra o réu o depoimento do goleiro Bruno, que confessou que sua amante foi morta pelo ex-policial, a mando de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", amigo e ex-braço direito do atleta.
Mesmo com todos os contras, o advogado Fernando Magalhães, um dos representante do réu, disse que está confiante que seu cliente será absolvido dos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver de Eliza Samudio.
"A expectativa é de um trabalho árduo, mas estamos confiantes na absolvição do 'Bola'. É impossível ele confessar um crime que não ocorreu", enfatizou Magalhães. O advogado garantiu que o réu não irá se esquivar de nenhuma pergunta feita no salão do júri.
Julgamento
Além de "Bola", ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva, e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e vão a júri popular em 15 de maio.
Condenação
O goleiro Bruno Fernandes foi julgado e condenado no dia 8 de março deste ano a 22 anos e três meses de prisão pelo homicídio de sua ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho, o "Bruninho". Os crimes aconteceram em junho de 2010 e o atleta seria o mandante.
Além dele, outros três réus envolvidos no crime sentaram no banco dos réus. O ex-braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", foi condenado a 15 anos prisão por homicídio, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Já da acusação de ocultação de cadáver o réu foi absolvido.
A ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Souza, foi sentenciada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo crime de sequestro e cárcere privado de Eliza, enquanto a ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi absolvida das acusações de sequestro de "Bruninho".