"Não há espaço para palanque duplo", diz vice-governador de Minas

Ricardo Corrêa - Hoje em Dia
Publicado em 11/12/2013 às 15:38.Atualizado em 20/11/2021 às 14:44.
 (Lúcia Sebe)
(Lúcia Sebe)
PSDB e PSB estarão em lados opostos nas eleições estaduais, assim como acontecerá na disputa presidencial, que colocará frente a frente os presidentes nacionais dos partidos, o senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco Eduardo Campos, respectivamente. Nesta quarta-feira (11), o vice-governador Alberto Pinto Coelho destacou que não vê espaço para um palanque duplo em Minas Gerais, assim como em Pernambuco.
 
“Ainda que possa acontecer em algum local, nos estados de origem de Aécio e Campos, na minha visão, não há espaço para palanque duplo”, disse Alberto Pinto Coelho em conversa com jornalistas. Apesar disso, o vice-governador de Minas Gerais evitou arriscar se seria do prefeito e aliado Marcio Lacerda a missão de encabeçar a chapa socialista na disputa estadual.
 
Em relação ao grupo político do qual faz parte, o vice-governador, embora sempre deixando claro que estava tratando do assunto em perspectiva, deixou claro que o caminho natural hoje pavimentado é o da candidatura do governador Antonio Anastasia ao Senado. Embora Anastasia resistisse à ideia, parece já ter sido convencido.
 
Pinto Coelho também confirmou que articulou a ida do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Dinis Pinheiro, para o PP, de modo que o partido continuasse com a indicação do vice na chapa. Faltaria então, apenas, definir quem será o candidato: o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, ou o presidente do Instituto Teotônio Vilela, Pimenta da Veiga.
 
Na oposição, o grupo governista vê um esforço grande do governo federal para repetir, em Minas, a aliança nacional. Assim, para o vice-governador, o mais provável é crer que PT e PMDB estarão juntos na disputa estadual.
 
PP neutro
 
Alberto Pinto Coelho também destacou que, no seu ponto de vista, é mais provável hoje que seu partido, o PP, fique neutro na disputa nacional, não emprestando seu tempo de TV a nenhum dos candidatos. Na avaliação de Alberto Pinto Coelho, isso deixaria os diretórios estaduais em posição mais confortável para discutir situações de nível regional, que mudam de estado para estado.
 
De acordo com o vice-governador, o PP hoje é quase uma federação partidária, que leva em consideração as questões locais. Alberto Pinto Coelho enxerga no partido uma tendência majoritária de se aliar a adversários do Partido dos Trabalhadores (PT), o que poderia levar a legenda até mesmo para o palanque de Eduardo Campos em alguns estados. A maioria dos diretórios, no entanto, segundo ele, prefere aliar-se às forças políticas que estão com Aécio Neves. 
 
Ainda assim, ele diz que o partido não deve deixar agora o ministério e a fidelidade à presidente no Congresso Nacional. O horizonte de apoio ao governo vai até o fim do mandato. “O PP vai ser competido a escolher (entre Aécio e Dilma na campanha). Mas na última eleição também foi, e a decisão foi permanecer neutro”, destacou.
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