Na TV, Pimentel usa a emoção e Anastasia apela à razão para fisgar o eleitor

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
01/09/2018 às 09:19.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:14
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Uma das principais apostas para fisgar o eleitorado, o programa eleitoral no rádio e na tevê, que teve início ontem, mostrou a polarização entre os dois principais candidatos ao governo de Minas pelo PT e PSDB, que lideram as pesquisas de intenção de voto. O uso da emoção e a razão foram a tônica dos discursos, o que não quer dizer que a troca de farpas entre os candidatos ficará de lado.

O candidato do PT, que aparece em segundo lugar nas pesquisas, pretende alcançar Anastasia apostando no sentimento dos eleitores. O programa trouxe imagens de comícios, com grande participação popular , e da convenção do partido, em que esteve ao lado da ex-presidente da República e candidata ao Senado, Dilma Rousseff (PT).

Já Anastasia usa o currículo como pilar e se coloca como técnico, tentando passar a imagem de que é capaz de recuperar o Estado da crise econômica que vem atravessando. 

e João Batista Mares Guia (Rede) focaram na terceira via como alternativa para os mineiros

Apadrinhamento

Além da razão e da emoção, ganha espaço também o apadrinhamento político. Enquanto Pimentel quer atrelar sua imagem à de Lula (PT) e de Dilma, fazendo referência aos ex-presidentes do início ao fim do programa, Anastasia tentou mostrar independência, afirmando que vai escolher a própria equipe, em uma tentativa de desvincular seu nome ao de Aécio Neves (PSDB), investigado pela operação “Lava Jato”. 

“O Anastasia passou o recado dele. Foi no calcanhar de Aquiles do Pimentel, que é o atraso no pagamento do funcionalismo, o que arranha a popularidade do governador. O Pimentel vai tentar bater no governo federal, alegar que pegou um Estado falido e colar na imagem do Lula. Acho que a estratégia dele está correta” , avaliou o cientista político Rubens Goyatá.

Rudá Ricci, também cientista político, avalia que Pimentel deve se aproveitar da influência de Dilma, enquanto os tucanos vão apostar as fichas no histórico de Anastasia como gestor.

“Pela lógica, o PT vai fazer a Dilma atacar o Anastasia, vão dizer que ele a tirou da Presidência (da República), e vão tentar liga-lo a Aécio. Já o Anastasia tem que fugir do debate nacional, tem que cravar em Minas, mostrar o que ele fez como governador”.



 

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