Nanicos tentam aparecer nas campanhas eleitorais em Belo Horizonte

04/08/2012 às 08:54.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:09
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Em uma eleição que caminha para ser polarizada entre Patrus Ananias (PT) e Marcio Lacerda (PSB), cinco candidatos tentam correr por fora na hora de aparecer para o eleitor. Com a previsão de gastos muito abaixo dos favoritos, menos tempo no rádio e na televisão e, na maioria dos casos, sem nenhuma coligação, Vanessa Portugal (PSTU), Maria (PSOL), Alfredo Flister (PHS), Pepê (PCO) e Tadeu Martins (PPL) apostam no corpo a corpo e na internet para se promoverem. Mesmo com um cenário adverso, todos adotam um discurso positivo e se colocam como opções para assumir a Prefeitura.

De acordo com a última pesquisa Sensus/Hoje em Dia realizada no mês passado, todos os nanicos juntos têm apenas 6,8% dos votos. Entre as cinco candidaturas, apenas Maria é que possui aliança com outros partidos. Ela vai caminhar com o PCB na disputa. Os demais apostam nas chapas “puras” dos partidos para aparecer no cenário político.

Em relação ao tempo de rádio e televisão, cada candidato nanico terá, em média, pouco mais de um minuto. A transmissão começa no próximo dia 21.

Por conta das dificuldades, o ataque vai passar a ser a melhor defesa dos políticos daqui para frente. Apesar de não admitirem publicamente, eles vão mirar ações das gestões atual e anteriores de Belo Horizonte.

Algumas áreas são consideradas estratégicas, como cultura, educação e saúde. Como Patrus já foi prefeito e Marcio ocupa o posto atualmente, a intenção é usar as falhas cometidas como palanque eleitoral.

Desta forma, os cinco candidatos esperam marcar território também no campo das ideias. Pepê, Maria e Vanessa Portugal se colocam como integrantes de partidos de esquerda e apontam que petistas e socialistas “apresentam propostas semelhantes”. Já os outros dois políticos envolvidos no pleito tiveram ligações com os maiores partidos do Brasil e, apesar de não figurarem mais entre os quadros, podem representar uma válvula de escape para Patrus e Marcio. Isso na hora de contra-atacar alguma declaração.

Tadeu Martins foi um dos fundadores do PT. Ele também já passou pelo PSB, mas decidiu aderir ao Partido da Pátria Livre por não concordar com decisões tomadas pelas cúpulas das legendas anteriores. “Não se pode colocar uma pessoa que não é política como candidato de duas lideranças, como aconteceu com o Marcio. Os partidos estão perdendo suas ideologias. O PPL hoje tem a cara do PT antigo, por isso defendo esta bandeira”, disse. Ele aproveitou para alfinetar o adversário socialista ao dizer que Belo Horizonte tem hoje quatro bons candidatos. “São bons nomes o meu, o da Vanessa, da Maria e do Patrus. Com o Marcio não dá pra ser feliz”.

Do outro lado, Alfredo Flister é o único entre os nanicos que se aproxima mais de Marcio. Ele é integrante de um partido que esteve muito próximo de fechar com o PSB para a disputa. Porém, de última hora, decidiu lançar um nome próprio. “O prefeito faz uma boa administração, mas não podemos aceitar estas discussões sobre alianças e as imposições”.

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