Nas ondas do rádio

09/09/2017 às 00:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:28

Transcrevo para a nossa Sapatada deste sábado, 9 de Setembro de 2017, e-mail enviado por um ouvinte das nossas transmissões esportivas pela querida Rádio Terra de Montes Claros. Quero agradecer a ouvinte Tamara Peres por sua paixão incontida pelo rádio.
 
O rádio 
“O rádio nos traz um futebol vibrante, dramático e misterioso, feito menos dos fatos reais ocorridos em campo do que talento expressivo dos narradores Autênticos artistas da representação, os narradores criam seus bordões pitorescos, dão ao jogo uma velocidade que não existe, modulam a voz à perfeição para criar atmosfera. Até o silêncio do locutor são expressivos. No crescendo emotivo da narração de um lance de ataque, algumas brechas do discurso deixa-nos ouvir ao fundo o rumor da torcida, pelo qual sintonizamos a nossa expectativa.

Um segundo antes de o desfecho ser narrado, sabíamos se houve gol ou não, dependendo do alarido.

Entramos no clima da partida minutos antes do apto inicial, quando soa a vinheta esportiva e começam a ser transmitidas informações sobre os times, flashes do estádio, perfis de jogadores, etc. Da mesma forma, o drama e a comédia ocorridos em campo continuam durante as horas posteriores, nas entrevistas, nos comentários e nos programas especiais.

A imaginação é um músculo, dizia Luís Bunel. Para que não se atrofie é preciso exercitá-la como exercitamos qualquer outro músculo.

O rádio, para milhões de brasileiros, representa um meio de exercitar a imaginação e a sensibilidade. A TV registra a verdade, e a verdade é o seu dom de iludir. O rádio, o rádio não. O rádio inventa a verdade junto com a gente.”

De fato, as palavras aqui escritas expressam perfeitamente o que é o rádio para quem é apaixonado por ele.

O bom mesmo é ouvir a emoção do rádio em todas as suas facetas: jornalísticas, esportivas ou de puro entretenimento.

Que o rádio continue possuindo a mesma força que durante anos o fez ficar vivo, respirar e demonstrar que os profissionais atrás do Microfone tem uma séria responsabilidade: levar a informação correta aos lares dos cidadãos de bem.

Que ninguém ouse estragar isso usando o microfone para proveito pessoal ou para falar abobrinhas sem nexo. É preciso ser responsável na qualidade da informação. Termino hoje utilizando um jargão do Jornalista Paulo Narciso, acerca dos profissionais locutores: “Quando um locutor abre o microfone, ele tem que saber o que vai dizer. Senão ele depõe contra si próprio e a emissora a quem estará representando. Todo cuidado é pouco!”

Como diria meu companheiro de trabalho, o nobre narrador Gilberto Santos, “onde a gente estiver, o rádio será sempre nosso companheiro”

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