BAGDÁ - O Iraque viveu mais um dia de violência que custou a vida de ao menos 30 pessoas, entre elas 17 membros das forças de segurança, após um aumento de ataques em julho.   O mês de julho foi um dos mais mortais dos últimos anos, com pelo menos 325 mortos e 697 feridos, segundo as autoridades.   Este aumento da violência no Iraque é explicado, segundo especialistas, por um contexto regional agravado pelo conflito na Síria e pela instabilidade política no Iraque, onde as tensões políticas e religiosas continuam sendo importantes.   Nesta quinta-feira (2), quatro membros de uma mesma família foram mortos em Kirkuk (norte) e nove pessoas morreram na explosão de um artefato.   Homens armados atacaram a residência desta família turcomena e mataram a facadas um casal e suas duas filhas, acrescentaram as fontes. Os corpos estavam cobertos de sangue em quartos diferentes, constatou um jornalista da AFP.    Um policial afirmou que nada foi roubado e que o crime parecia ter sido cometido por vingança.   Quatro policiais morreram no ataque a um posto de controle perto de Tikrit, enquanto três membros da milícia Sawha, que combate a Al-Qaeda, foram mortos na explosão de uma bomba perto de Balad, 70 km ao norte da capital iraquiana, segundo fontes médicas e policiais.   Em Bagdá, um carro-bomba explodiu em Husseiniyah e matou ao menos nove pessoas, além de ferir outras 32, indicou um funcionário do Ministério do Interior, que acrescentou que moradores revoltados atacaram policiais e queimaram seus carros.   Homens armados atacaram uma barreira rodoviária próximo a um posto policial ao noroeste de Samarra, matando um policial e um membro da Sahwa, segundo um capitão da polícia e uma fonte médica do hospital de Samarra.   Um oficial do Exército afirmou que esses homens armados também atacaram um posto de controle em Dujail, no norte de Bagdá, matando um soldado e sequestrando outros quatro.   Outro ataque foi registrado ao sul de Kirkuk, quando seis homens com coletes com explosivos tentaram atacar um campo militar, mas cinco deles foram mortos e o sexto ficou gravemente ferido.   No sul da capital, homens armados mataram sete soldados e feriram 11, em três ataques diferentes, segundo fontes médicas e da segurança.   O coronel Obeid Ibrahim al-Kataa foi morto e outros dois policiais ficaram feridos em confrontos com homens armados que tentaram tomar o controle de um posto de Polícia em Al-Rutba (oeste), indicou uma fonte policial.   Em uma mensagem difundida recentemente na internet, o Estado Islâmico do Iraque (ISI), braço da Al-Qaeda, havia anunciado "uma ofensiva sagrada durante o Ramadã", o mês do jejum muçulmano, tendo como alvos as "forças de segurança, o Exército" e os xiitas.

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