Novo prédio do BH-Tec custará R$ 180 milhões e operador terá concessão por 30 anos

Raul Mariano - Hoje em Dia
15/10/2015 às 07:05.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:03

Com dois anos de atraso, o projeto de ampliação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) deu um passo à frente. O edital para seleção da construtora do primeiro dos cinco prédios que compõem a segunda fase do projeto foi publicado na última terça-feira (13). O investimento inicial previsto é de R$ 180 milhões.

O primeiro edifício terá 60 mil metros quadrados de área construída, sendo 31 mil de área bruta locável. A área é dez vezes maior que a do edifício atual, construído com verbas do Estado e que abriga, hoje, 16 empresas.

O vencedor da licitação irá construir o novo prédio e terá concessão para operá-lo por 30 anos. A edificação será de propriedade da UFMG, que poderá retomá-lo após o período de concessão.

De acordo com o diretor-presidente do BH-TEC, Ronaldo Pena, o anteprojeto para a construção do primeiro edifício já está pronto, aguardando o projeto executivo, que será feito pela empresa vencedora da concorrência.

“Passada a licitação, em seis meses teremos condições de começar a obra que deve durar cerca de dois anos. Quando 80% do prédio estiver ocupado o concessionário, sendo bem avaliado, terá a opção de construir o próximo prédio. Caso ele não demonstre interesse, faremos outra licitação”, explica.

Área

Os cinco edifícios vão ocupar uma área construída de 207 mil metros quadrados, divididas em três fases de construção. A projeção do custo de todo complexo é de R$ 407 milhões, sendo que os valores podem ser ajustados com o passar do tempo.

De acordo com o projeto de expansão, os empreendimentos de base tecnológica deverão ocupar, no mínimo, 70% da área bruta locável. Os outros 30% serão destinados à empresas de serviços.

“As empresas certamente estarão ligadas à área de biotecnologia, saúde, tecnologia da informação e automação industrial. Isso tem a ver com a própria tradição da UFMG, que é um celeiro de bons profissionais dessas áreas”, destaca Pena.

O modelo adotado para implantação da fase II do BH-TEC é novo no país. Segundo a direção da instituição, o projeto deverá se tornar uma referência para experiências semelhantes em outros estados.

“O projeto pode ser comparado ao shopping Diamond Mall, onde o Atlético cedeu o espaço para que uma empresa construísse e operasse o shopping por um tempo determinado. A empresa que vier poderá, portanto, receber os aluguéis e ter seu lucro. O BH-TEC irá trabalhar para que empresas inovadoras venham ocupar o espaço”, explica Ronaldo Pena.

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