O Governo Federal precisa fazer as escolhas certas

25/05/2018 às 00:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:15

Falamos na coluna do início de maio sobre como governar é fazer escolhas. E sobre a necessidade de fazer as escolhas certas quando se governa efetivamente para todos, e principalmente para aqueles que mais precisam. Digo isso pela preocupação que me causou um estudo publicado esta semana, que mostra que o teto de gastos imposto pelo Governo Temer, após a derrubada da presidenta Dilma Rousseff, levará ao aumento da mortalidade infantil no Brasil.

Segundo cálculos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que envolveram, entre outras instituições, Fiocruz e Imperial College of London, se nada for feito para rever os cortes de gastos previstos nas áreas de Saúde e Assistência Social do governo federal, o Brasil pode ter 20 mil mortes a mais de crianças até 2030. As cidades mais pobres do país seriam as mais atingidas.

Em 2014, ao eleger a presidenta Dilma, o povo brasileiro não esperava que esse fosse o projeto a ser colocado em prática. Governar é fazer escolhas e Brasília, infelizmente com apoio de senadores mineiros, tem feito as piores possíveis, como atesta esse estudo. Um outro exemplo? A extrema pobreza aumentou 11% no Governo Temer, mas o Bolsa Família não acompanhou essa necessidade de cobertura.

Esse colchão social, que deveria ser ainda mais importante na proteção aos mais pobres durante a crise, teve, após a saída da ex-presidenta Dilma, corte de R$ 1,4 bilhão em 2016 e de R$ 1,9 bilhão em 2017. Conforme o estudo, a manutenção dos investimentos no Bolsa Família e em Assistência Social evitaria, além de 20 mil mortes, até 124 mil hospitalizações de crianças por doenças que poderiam ser evitadas, como desnutrição e diarreia.

Nós, do Governo do Estado, temos buscado, desde o início, trabalhar e fazer as escolhas certas. Porque escolhas certas levam a boas soluções para problemas reais. Sem apoio do Governo Federal, não é possível fazer tudo, mas é possível fazer muito. Aqui, escolhemos fazer um ajuste gradual e manter as áreas de segurança, saúde e educação funcionando. Aqui, escolhemos fazer o ajuste sem punir o servidor e sem prejudicar a população.

Foi assim que evitamos o racionamento de água em 2015, investindo R$ 128 milhões nas obras de captação do Rio Paraopeba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi assim que implantamos o Projeto Novos Encontros, para que agricultores familiares vendam sua produção para a merenda escolar, elevando a qualidade da alimentação de nossos estudantes e garantindo mais mercado para nossos produtores.

Foi assim que decidimos ampliar em 47% o salário de nossos professores, para que estejam preparados para garantir educação de qualidade. Foi assim que levamos luz elétrica para mais de 49 mil famílias e ligamos mais de 370 mil domicílios à rede de água, garantindo qualidade de vida a milhares de lares mineiros. Poderia dar inúmeros outros exemplos, todos mostrando que escolhemos servir ao povo mineiro.

Escolhemos fazer um governo que, diante da crise, prioriza quem mais precisa

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