É cada vez mais latente a ideia de que precisamos de renovação. Campanhas pipocam nas redes sociais pedindo para que eleitores não votem em quem tem mandato.
Um absurdo completo e um risco de que tenhamos um parlamento pior do que o que está constituído. Já dizia Ulysses Guimarães: “Está achando ruim esta composição do Congresso? Espera a próxima. Será pior”.
No afã de elegermos novos nomes, podemos escolher novos usurpadores de recursos públicos, capitães do retrocesso. Basta dar uma circulada pelas rodas políticas e empresariais do país. Não faltam candidatos de primeira viagem mal intencionados ou de ficha obscura. Vejam o que aconteceu nos Estados Unidos.
A renovação é necessária, mas requer cautela. Muitos dos deputados em Brasília estão lá porque merecem. Basta passear pela internet e bisbilhotar projetos de lei que apresentaram.
Outra boa opção de pesquisa está sendo construída pelo Movimento Vem Pra Rua. Até dezembro, eles disponibilizarão um ranking com presenças, votações, bens e um histórico da vida pregressa dos parlamentares.
Temos que tirar do poder aqueles que em nada contribuem com a sociedade. Manter os que tentam fazer diferença e eleger quem não cometerá os mesmos erros dos que esqueceram a democracia.
Mau exemplo
Para somar à lista de candidatos polêmicos, esdrúxulos, ou sei lá o quê, apresenta-se como postulante ao Palácio do Planalto o médico Dr. Robert Rey, apresentador de programa de televisão. Pelo Facebook ele diz: “Finalmente o Brasil vai ter uma escolha de verdade: os mesmos ladrões de sempre ou um totalmente de fora (sem a lama política brasileira), Dr. Rey”. E completa: “Definição de lama política: marxistas que venderam nosso Brasil por dinheiro ou conservadores falsos, conservador fake, que prega a direita, mas suga da teta da nação por 2 ou 3 gerações sem nenhum êxito substantivo”. Que medo! Jair Bolsonaro parece fichinha!
Pimentel cria secretaria executiva
O governador Fernando Pimentel (PT) anunciou, ontem, durante o 2º Fórum de Prefeitos, realizado em Ipatinga, no Vale do Aço, a criação de uma secretaria executiva para acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo Comitê Interfederativo (CIF). A secretaria fica no guarda-chuvas da pasta de Agricultura. O CIF foi criado em resposta ao desastre de Mariana.
Samarco
A Samarco prorrogou por cinco meses a suspensão dos contratos de trabalho, ou lay-off. A medida vale de 1º de novembro deste ano a 31 de março de 2018. Conforme a empresa, a decisão foi negociada com os sindicatos Metabase (Mariana/MG) e Sindimetal (ES). A Samarco enfrenta problemas judiciais e financeiros, após o rompimento da barragem em Mariana, em 2015. A proposta da mineradoras terá que passar pelo crivo das assembleias de trabalhadores. Caso isso ocorra, de acordo com a empresa, os empregados que continuarem em lay-off terão os direitos atuais garantidos, recebendo o valor correspondente à sua renda líquida mensal.
Hoje, a Samarco tem cerca de 1.800 empregados próprios, dos quais cerca de 800 estão com os contratos suspensos.