Obama viaja a Newtown dois dias depois do massacre em escola

AFP
16/12/2012 às 16:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:39
 (DON EMMERT/AFP)

(DON EMMERT/AFP)

O presidente Barack Obama visita neste domingo (16) a Newtown (Connecticut), onde a polícia busca determinar como e por que um jovem de 20 anos assassinou 20 crianças na escola Sandy Hook, um crime que traumatizou o país.

Dois dias depois do massacre, Obama "se reunirá com as famílias das vítimas e agradecerá aos serviços de emergência" por seu trabalho. Segundo a Casa Branca, ele discursará durante uma cerimônia religiosa prevista para esta tarde.

A comunidade de Newton compareceu às igrejas da cidadezinha este domingo em memória das vítimas. Em um dia frio e cinzento, mais de uma centena de pessoas se reuniram a partir das 07H30 locais (10H30 de Brasília) na igreja católica Saint Rose of Lima.

Mas diferente da noite de sexta-feira, a missa deste domingo foi fechada à imprensa, que não pôde se aproximar do local por decisão dos fiéis. "A situação é extremamente tensa, por isso não queremos jornalistas ou câmeras aqui", disse educadamente à AFP Brian Wallace.

Ao final do primeiro culto, um vizinho de Newtown reiterou este pedido de "respeito" pelas famílias das vítimas, especialmente frente aos "próximos dias difíceis" que se avizinham com os funerais.

Um voluntário da Cruz Vermelha, Rosty Slabicky, também assistiu à missa na igreja Saint Rose of Lima, e destacou que as famílias e as pessoas que estiveram presentes no local da tragédia estavam "destroçadas".

A polícia revelou no sábado a identidade das 26 vítimas da escola de Newtown, ao norte de Nova York. Entre elas há 12 meninas e oito meninos. Dezesseis crianças tinham seis anos e quatro tinham sete anos. O mais jovem, Noah Pozner, completara seis anos no dia 20 de novembro. O mais velho, Daniel Barden, havia completado sete anos em 25 de setembro. A maioria das crianças estava no primeiro ano, segundo as autoridades.

Seis mulheres adultas, funcionárias da escola, também morreram no massacre, incluindo a diretora, duas professoras e a psicóloga da escola.

O médico legista Wayne Carver afirmou que as crianças e as mulheres assassinadas por Adam Lanza, 20 anos, que matou a mãe antes do massacre e cometeu suicídio após a tragédia, receberam vários disparos. "De três a 11 nos sete corpos que examinei pessoalmente", disse em uma entrevista coletiva. "Foi provavelmente a pior cena criminal que presenciei em 30 anos de carreira", completou.

O governador de Connecticut, Dan Malloy, disse à emissora ABC que o assassino "entrou na escola dando tiros. (A porta de) a escola estava trancada. Usou uma arma para quebrar o vidro e depois entrou", contou. Adam Lanza deu os tiros em "vários disparos", acrescentou Malloy.

A investigação realizada tanto na escola quanto na casa do assassino, onde ele morava com a mãe, executada, permitiu encontrar "ótimos elementos" que "esperamos permitam dar uma ideia completa de como e, sobretudo, porque tudo aconteceu", disse o porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance.

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