Em tempos de recessão como o atual, nada mais agradável do que anunciar o aumento da oferta de emprego, ainda que seja de forma tímida.
De acordo com o Ministério do Trabalho, no mês de maio foram criados 34.253 postos de trabalho formal no País, o que representa um aumento de 0,09% em relação a abril.
Dos oito principais setores que tiveram desempenho positivo, o principal foi a agropecuária, com 4.609 postos de trabalho, alta de 2,95%.
Também tiveram resultado positivo os serviços, com acréscimo de 1.999 postos, o que significa mais 0,01%; a indústria de transformação, com 1.433 vagas e aumento de 0,02%; e a administração pública, com 955 vagas formais, que representam mais 0,11%.
Ainda em recessão
Enquanto o Ministério do Trabalho anuncia aumento da oferta de empregos formais, dados da Receita Federal mostram que a arrecadação de tributos federais encolheu 0,96% em maio na comparação com o mesmo período de 2016. O desempenho ficou abaixo das estimativas do mercado, cuja previsão era de R$ 103,2 bilhões.
De acordo com a Receita Federal, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre não está sendo refletido na receita com tributos, já que foi puxado pela agricultura, que não é altamente tributada, assim como as exportações, que são desoneradas de tributos.
Protesto no twitter
A suspensão da sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que julgaria o pedido de prisão do senador Aécio Neves, marcada para essa terça-feira, foi o assunto mais comentado no Twitter nesta semana.
A defesa do senador afastado apresentou um recurso para que o julgamento aconteça no plenário da Corte do Supremo Tribunal Federal, e não na Primeira Turma, que tem fama de ser mais rigorosa em matéria penal.
A data para a resposta e um possível novo julgamento não está prevista ainda, mas a expectativa do senador mineiro é que ele não seja preso, mantendo, em contrapartida, seu afastamento do exercício parlamentar.
Em protesto, utilizando a hashtag #AecioNaCadeia, internautas levaram o assunto para o topo dos mais comentados na rede social.
De quem é a culpa?
A base de apoio do governo dava como certa a aprovação da proposta de Reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, nesta terça-feira, mas acabou sofrendo uma derrota por 10 votos a 9.
O governo contava com o voto favorável do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que acabou faltando à sessão por causa de um compromisso em seu Estado. Seu suplente, Otto Alencar (PSD-BA), votou contra e garantiu a derrubada do relatório por apenas um voto de diferença. O senador Petecão, porém, se nega a assumir a culpa pela derrota e diz que o problema não foi ele que não votou, mas sim dos senadores Hélio José (PMDB-DF) e Eduardo Amorim (PSDB-SE), que votaram contra, “mostrando que o governo de Michel Temer tem uma base frágil no Congresso”.