BENGASI - Oito soldados e dois civis morreram nesta segunda-feira em Benghazi, leste da Líbia, em confrontos entre grupos islamitas e forças leais ao general dissidente Khalifa Haftar. Grupos islamitas, incluindo o Ansar Asharia, atacaram um acampamento militar e provocaram mortos e feridos, segundo o coronel Saad al-Werfeli, comandante da base aérea de Benghazi e leal a Haftar.
Os confrontos deixaram pelo menos 10 mortos e 15 feridos, segundo os dois hospitais da cidade. "Homens das Brigadas de 17 de Fevereiro de Rafalah al-Sahati, da Ansar Asharia e do Escudo da Líbia bombardearam o campo 21, cercando os soldados que estavam no local e provocando mortos e feridos", disse o coronel Al Werfeli.
Este campo integra as unidades de elite do exército líbio em Benghazi, que deram apoio ao general Haftar. Em resposta, as forças leais ao general dissidente executaram ataques aéreos contra o grupo armado.
A Brigadas de 17 de Fevereiro, formadas por ex-rebeldes islamitas acusados de vínculos com o grupo jihadista Ansar Asharia, negaram qualquer envolvimento no ataque.
Estes foram os confrontos mais violentos desde 16 de maio, quando o general Haftar iniciou a campanha "Dignidade" para erradicar os "grupos terroristas" no leste do país. Os confrontos deixaram 76 mortos.