Operadoras têm alta histórica de sinistros, indica ANS

Dayanne Sousa
28/01/2013 às 19:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:20

As operadoras médico-hospitalares brasileiras tiveram uma alta histórica de sinistros e uma queda da liquidez corrente (relação entre ativo e passivo circulantes) no terceiro trimestre de 2012, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS). As informações constam do documento Foco Saúde Suplementar, divulgado na tarde desta segunda-feira pelo órgão regulador.

A taxa de sinistralidade no terceiro trimestre de 2012 foi de 85,8%, a maior para o período desde o início da série histórica, em 2003. No terceiro trimestre de 2011, a taxa era de 82,8% e, em 2010, de 81,1%.

Os números da ANS ressaltam a preocupação com o aumento das despesas médicas. Enquanto a receita cresceu 5,8% no terceiro trimestre de 2012 sobre um ano antes, a despesa assistencial aumentou 9,7%. De julho a setembro de 2012, a receita de contraprestações das operadoras somou R$ 67,3 bilhões enquanto as despesas chegaram a R$ 57,7 bilhões.

O aumento do endividamento e a queda da liquidez também foram destacados pela ANS. A liquidez corrente das operadoras médico-hospitalares no terceiro trimestre de 2012 foi a menor desde dezembro de 2009. A relação ativo circulante/passivo circulante chegou a 1,12 ao fim do trimestre, contra 1,16 no mesmo período do ano anterior.

O endividamento das operadoras também apresentou a maior alta desde 2009. A razão de todo o passivo das companhias (circulante e não circulante) pelo ativo chegou a 63,3% ante 61,4% no terceiro trimestre de 2011.

A alta das despesas assistenciais provocou queda na margem de lucro líquido das operadoras médicas, saindo de 2,1% em 2011 para 0,7% em 2012.

Odontológicas

A realidade das operadoras exclusivamente odontológicas (que não oferecem atendimento médico) é diferente. O endividamento das operadoras odontológicas cresce continuamente desde junho de 2011 e chegou a 38,2% no terceiro trimestre do ano passado. A liquidez é maior do que a das operadoras médicas: de 1,65.

A margem de lucro líquida para as operadoras odontológicas é maior que nas médicas: alcançou 7,5% no terceiro trimestre de 2012. Também houve queda na comparação com o ano anterior, quando a margem era de 8,5%.
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