Guilherme da CunhaAdvogado pós-graduado em Direito Tributário e deputado estadual, coordenador da Frente Parlamentar pela Desburocratização

Ânimos renovados

Publicado em 13/03/2020 às 20:12.Atualizado em 27/10/2021 às 02:57.

Importantes mudanças ocorreram no governo de Minas que chamaram a  atenção de todos que acompanham política no Estado:  o deputado federal Bilac Pinto (DEM) deixou a Secretaria de Governo,  responsável pela articulação política. Em seu lugar foi nomeado Igor Eto (Novo), que era secretário-geral e é pessoa da mais absoluta confiança do  governador. Ele é quem cuidará, agora, do diálogo com a Assembleia, com  Brasília e com os demais poderes. 

Para ocupar a Secretaria-Geral foi nomeado o vereador de BH, Mateus  Simões (Novo), que foi coordenador da equipe de transição do governo Zema.  Simões ficará responsável por fazer a coordenação interna das secretarias do  governo e garantir que trabalhem como um time eficiente e harmônico. 

São duas figuras do Novo sendo alçadas para funções estratégicas no  Estado cujo trabalho envolve muito diálogo, interno ou externo. E justamente  nesta mesma semana, o vice-governador Paulo Brant anunciou sua desfiliação do  Novo dizendo que o fazia por considerar que o partido não estaria disposto a  realizar coalizões que ele entendia necessárias para o resgate da grandeza e  dignidade de Minas. 

A coincidência dos anúncios fez parecer que uma coisa tinha a ver com  a outra. Não tinha. A decisão de desfiliação do vice-governador já havia sido  comunicada ao partido antes da nomeação de Igor e Mateus para suas novas  funções no governo. 

Já trabalhei com os três. Fui indicado por Mateus para ser interlocutor da equipe de transição junto à ALMG, atuei junto ao vice-governador no  monitoramento da tramitação de projetos estratégicos e sempre tive no novo secretário de Governo, Igor Eto, meu mais próximo parceiro e interlocutor  dentro do governo. 

Conhecendo-os e vivendo de perto o governo, posso afirmar com  tranquilidade que não há conflito, tampouco divergência de objetivos e sequer de  meios no governo. Todos queremos o melhor para os 21 milhões de mineiros.  Todos sabemos que o caminho para isso é a política. E todos sabemos que  política é diálogo. 
Diálogo que vai além de meramente tolerar as divergências e inclui  buscar nelas as visões complementares que permitem detectar obstáculos ocultos  para quem vê o mundo só de um ponto de vista. Diálogo que inclui reconhecer  que somente abraçando a experiência do outro posso ir além do ponto para o qua minha experiência sozinha já me trouxe. Diálogo que respeita as diversas formas  de fazer política, porque todas representativas das diversas pessoas e regiões que  temos em Minas. E “Minas são muitas”. Há espaço para todos. Vamos renovar juntos. 

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