Professor WendelFormado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Professor universitário e deputado estadual pelo Solidariedade

Doando esperança

11/06/2021 às 17:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:09

Nesta segunda-feira, 14 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Doador de Sangue, e aproveito essa data tão importante para reforçar a valia e o caráter vital que o ato de doar sangue traz consigo. Em Minas, os índices apontam queda tanto no número de novos doadores, quanto nos níveis dos estoques de sangue e medula, o que é preocupante, uma vez que os hospitais dependem da estabilidade desses estoques para atender os pacientes cujas vidas dependem de transfusões.

Os índices apresentam queda desde o início da pandemia, não somente em Minas Gerais. Doadores rotineiros têm deixado de comparecer aos hemocentros para realizar suas doações e possíveis novos doadores têm adiado a iniciativa, intimidados pelo risco de contrair o vírus. As recomendações de distanciamento social devem ser respeitadas, claro, mas devemos também ter em mente que os hemocentros não caracterizam polos de propagação como os hospitais, por exemplo, uma vez que em sua maioria eles possuem instalações próprias, independentes das instalações do hospital. A fim de reduzir mais ainda as chances de contágio e proporcionar maior segurança ao doador, a Fundação Hemominas adotou uma série de cuidados como a obrigatoriedade do agendamento prévio, proibição da entrada de acompanhantes, reorganização das salas de espera, consulta e coleta, além do uso de máscara e álcool em gel.

A situação dos bancos é alarmante, 50% do estoque de concentrados de plaquetas e plasma se encontra em estado crítico, isto é, é aconselhável que os doadores que possuam disponibilidade compareçam aos hemocentros para realizar a doação o mais breve possível. Já a outra metade do estoque se encontra em estado de alerta, com exceção dos grupos sanguíneos AB+ e B+, que se encontram estáveis e adequados, respectivamente. É possível acompanhar o estado dos bancos de sangue em Minas acessando o site da Fundação Hemominas, ou caso deseje receber lembretes periódicos, há também o ambiente “Donate Blood”; disponível no Facebook, onde são oferecidos recursos que possibilitam um maior diálogo entre o doador e o banco de sangue, além da possibilidade de compartilhar o gesto publicamente em suas redes, estimulando outras pessoas a doarem também.

Aqueles que já contraíram Covid-19 também podem doar, desde que não apresentem quaisquer sintomas há no mínimo 30 dias; a recomendação se aplica também para aqueles que possuem sintomas de gripe e resfriado. Fernando Maluf, oncologista do renomado hospital Albert Einstein, reforça: “… as pessoas devem mesmo evitar sair de casa, mas não podem deixar de doar sangue.”. Em conclusão, as chances de contrair Covid-19 em uma única ida ao hemocentro são muito baixas, fazendo contraste com o potencial enorme de salvar vidas com um único gesto. Doe sangue, salve vidas!

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