O fim de ano está chegando e com ele se aproxima também a autoanálise de tudo aquilo que fizemos ao longo dos últimos doze meses. Aproveitando essa reflexão, eu te pergunto hoje, no Dia da Bondade, qual a última vez que você fez o bem sem olhar a quem? Sem esperar nada em troca, além de um sorriso?
Na correria da vida cotidiana, entre trabalho, vida social, família e outras responsabilidades, ocorre que nos esquecemos da importância de se praticar a bondade. Esquecemos que um ato de bondade para nós pode ser apenas um gesto corriqueiro, mas que é capaz de mudar o dia ou a vida de alguém.
Em Matheus 6:3 está escrito: “...que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita.”. Entre tantas interpretações possíveis, tomo a liberdade de ressaltar a importância de se fazer o bem sem esperar reconhecimento ou vantagens. A bondade só é sincera quando não se espera recompensas.
Ainda buscando aparato em escrituras, para tentar entender o que é a verdadeira bondade que Jesus nos ensinou, aproveito para citar Jean-Jacques Rousseau, importante filósofo suíço: “o homem é bom por natureza, a sociedade o corrompeu”. Diante dessa provocação, fica o questionamento: quantas vezes nos deixamos corromper com a tentação de passar por cima de alguém para tirar vantagens, seja na vida profissional, vida acadêmica ou em relações interpessoais?
Praticar a bondade nem sempre é sobre ajudar financeiramente uma pessoa, às vezes a honestidade e uma boa escuta são suficientes para que o outro se sinta importante, válido, querido. A bondade mora nos pequenos detalhes, como bem pontua a obra O Pequeno Príncipe: “O essencial é invisível aos olhos”.
Para além da religião, da filosofia e da arte, a bondade é uma linguagem universal que dispensa palavras e códigos. A bondade não difere raça, classe, gênero ou espécie. A bondade é a faísca que cada um tem dentro de si, que carrega o potencial de mudar o mundo para melhor.
O que é ser bom? Ninguém tem a resposta exata para essa pergunta, mas se esforçar para enxergar o outro como um semelhante é um bom começo. Celebremos a empatia, celebremos o amor sem filtros, celebremos a bondade, e nos deixemos envolver pela solidariedade ao próximo durante as festividades de Natal e em todos os momentos do Novo Ano.