Professor WendelFormado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Professor universitário e deputado estadual pelo Solidariedade

Santa Tereza - Beagá

Publicado em 23/01/2023 às 06:00.

Santa Tereza, berço do Clube da Esquina e Santê para os íntimos. Não dá pra negar que o bairro de Santa Tereza tem uma marca cultural que reverbera por toda Belo Horizonte, extrapolando até os limites municipais, afinal, uma coisa é certa: não importa de onde você vem, ao visitar Santê, toda a afetividade local que remete a uma ancestralidade preservada desde a arquitetura até a cultura boêmia, e você vai querer voltar. Seja para visitar restaurantes tradicionais da região, bares, botecos ou simplesmente tomar sorvete na Praça Duque de Caxias sob a copa das árvores enquanto papeia e por instantes até se esquecer que está em uma capital. Santa Tereza é definitivamente uma espécie de recanto no meio de uma selva de concreto.

Com poucos prédios, casas antigas, muitas árvores, Santa Tereza tem um charme que nos convida a viver todo aquele espaço, repleto de história, cultura, amores e tradições, como por exemplo, o carnaval de rua que atrai foliões de várias regiões, colorindo as ruas de sorrisos e glitter; há décadas; fazendo com que a tradição se perpetue sendo passada de geração para geração.

Se tratando das principais marcas desse tradicional bairro de BH, não poderia deixar de citar o Cine Santa Tereza, que exerce um papel fundamental na popularização da cultura do cinema de rua, que diante dos shoppings, tem sido cada vez menos visto e apreciado.

É inexorável a importância de reforçar e facilitar o acesso à cultura, a todos, sem exceções.

Nesse sentido, o Cine Santa Tereza oferece uma programação diversificada e gratuita voltada para todos os públicos, e sessões inclusivas com atenção especial às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e pessoas com deficiência.

A exibição está em conformidade com a nossa lei, que já vigora em Minas Gerais, garantindo o acesso à cultura e ao lazer principalmente aos nossos jovens autistas, que acabam não sendo assistidos no que diz respeito a terem seus direitos assegurados. A lei prevê que a sessão tenha iluminação adequada, som mais baixo e livre acesso à sala de cinema para maior conforto das pessoas com autismo, tornando a experiência da ida ao cinema algo confortável e divertido para todos, assim como deve ser. Um momento de criar boas lembranças, sem o desconforto de se sentir deslocado ou excluído.

Como presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, seguimos firmes na luta para garantir mais inclusão, acesso à cultura e entretenimento para as pessoas com deficiência e doenças raras.

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