Em pouco menos de um ano o brasileiro escolherá senador, deputado estadual, deputado federal, governador e presidente da República. O que muitos chamam de “festa da democracia”, eu classifico como grande responsabilidade do exercício da cidadania ativa. Para escolhermos quem nos representará é fundamental pesquisarmos o histórico de cada potencial agente público, o seu conjunto de valores, o repertório de propostas e a viabilidade de todas elas – uma vez que melhor do que perfeito é o feito. Em épocas de campanha, é comum ouvirmos “o impossível”, e diante de propostas mirabolantes, precisamos ter o discernimento de interpretá-las como ilusórias.
Alexis de Tocqueville, importante historiador, pensador político e escritor francês do século XIX, afirmava que a democracia, para ser saudável, exige fiscalização permanente. Logo, muito mais do que votar, o brasileiro deve acompanhar o mandato de quem o escolheu. Sobretudo, suas votações, manifestações e projetos de lei/ relatorias. Neste semestre passado, por exemplo, trabalhei para aprovar dois pareceres relacionados à extensão do contrato de estágio e aprendizagem. Ação importantíssima, ainda mais em um período de grande desemprego no país. O índice supera os 14%. Se aumentarmos as possibilidades de manutenção do vínculo de estágio, contribuiremos para redução dos impactos do desemprego entre os jovens do país. A prorrogação do estágio contribui também para fortalecer a indissociabilidade do conhecimento teórico ao prático, o que é de suma importância para conquista do primeiro emprego.
Também tenho focado, especialmente, no que diz respeito ao mercado de trabalho. A CLT reflete uma realidade que não existe mais. A manutenção de alguns de seus dispositivos apenas prejudica a criação de novos vínculos empregatícios. Parte considerável dos gastos com a contratação é destinada ao Estado. Isso significa que, embora o empreendedor desembolse quase o dobro do salário pago ao trabalhador, a remuneração no Brasil ainda é baixa.
O Congresso Nacional precisa evoluir em pautas substanciais para o avanço do Brasil. Destaco, aqui, algumas delas: Reforma Tributária – melhorará o ambiente de negócios no Brasil; Reforma Administrativa – corrigirá distorções salariais no funcionalismo público; Privatizações – enxugará a máquina pública; Marco do Câmbio – facilitará o uso de moeda brasileira em negócios internacionais; além do Homeschooling – que permitirá o ensino domiciliar.
Em síntese, todo eleitor deve conferir o trabalho concreto dos prováveis candidatos de 2022, desde já. Pesquisar, com profundidade, é o caminho para uma escolha mais assertiva, segura e propositiva para o Brasil. Já dizia Tancredo Neves, "a cidadania não é atitude passiva, mas ação permanente, em favor da comunidade”. Também é nisto que acredito.