O ano se fecha daqui a algumas horas com uma marca que vai além de nossos bolsos. 2016 foi também um ano de muito preconceito e a violência disseminada nas redes sociais. Os episódios não são uma questão somente brasileira, mas o ponto da fronteira entre liberdade de expressão de uma pessoa e direitos humanos da outra colidem com comportamentos no mundo inteiro. Na Europa, uma campanha iniciada há poucos dias combate o discurso de ódio online.
Além-mar
Preocupado com essa onda crescente, Portugal lançou um manual para educar através dos direitos humanos. No Brasil, há uma repulsa ao contraditório.
Patrocínio
O tema já foi discutido no Congresso, pois grupos que incitam o ódio e o preconceito até recebem doações via PayPal ou cartões de crédito em seus websites.
Antipropaganda
Segundo denúncia do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), lojas virtuais acabam patrocinando esses sítios eletrônicos.
Tripé em 2018
Este ano foi um triste ano velho, disse o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Para o próximo ano, ele sugere a necessidade de resgatar a credibilidade da classe política (“E eu não sou otimista quanto a isso”), garantir o equilíbrio fiscal e a retomada de investimentos para geração de empregos.
Osório Duque-Estrada
A execução do Hino Nacional brasileiro agora é obrigatória na abertura das competições esportivas. A ordem está na Lei 13.413, publicada ontem no Diário Oficial da União.
Xerife
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disparou mensagem aos colegas da Esplanada. Adotou tom sereno, classificou 2016 como um ano “positivo” e pregou “união e trabalho” para 2017.
Adeus Esplanada
Ministros e altos funcionários do governo anteciparam a folga e assim como o chefe, Michel Temer, deixaram Brasília na noite anterior.
Confirmado
Em meio ao morde e assopra das contas públicas, o governo anunciou reajuste salarial para nove categorias profissionais. A notícia foi dada em primeira mão aqui pela Coluna.
Contramão
As Unidades de Pronto Atendimento (Upas) poderão funcionar com menos médicos. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamenta a decisão do Ministério da Saúde.
Reforma agrária
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) acusa o Incra de não ter adotado medidas legais para conceder aos assentados da reforma agrária o título definitivo de suas glebas. Apoiado em relatórios do TCU, o parlamentar afirma em 20 páginas que por conta disso houve prejuízos de R$ 2,83 bilhões aos cofres públicos.
Emaranhado
Colatto diz categoricamente no relatório que “perpetua a dependência dos beneficiários da reforma agrária. Assim, entendemos que a omissão do Incra constitui flagrante violação da lei”. O relatório será encaminhado à CPI do Incra e Funai da Câmara, que patina em discussões doutrinárias.
Nossa mensagem
Renovamos nossa mensagem de otimismo, de paz e de amor para todos em 2017. Muita alegria e confraternização nesta virada. Ótimo Ano Novo.
Ponto Final
Muitos prefeitos nem apareceram nas prefeituras nesta semana. Outros tiveram despedida com música gospel, como Eduardo Paes (PMDB), do Rio.