O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, já sonda discretamente expoentes da Polícia Federal para trocar o diretor geral após os Jogos Olímpicos. O nome de Paulo Lacerda, o homem-forte da Era Lula, voltou a circular nos corredores do MJ. Além da iminente troca do DG, o ministro prepara o desmembramento da Polícia Federal em setores, uma descentralização que hoje agrada a agentes e peritos, mas reprovada pelos delegados.
Interface
A ideia na pasta é copiar o modelo do FBI, onde cada departamento tem autonomia e orçamento próprios. Sob o comando de direção geral com interface entre os setores.
Descentralização
Se vingar o plano de Aragão, a PF da Fronteira, a Perícia, a Imigração, o Combate a Crimes Financeiros e o de Cibernéticos, por exemplo, seriam desmembrados.
À espera
De uma coisa os delegados não reclamam neste cenário. A tão conclamada autonomia administrativa a orçamentária da corporação. É demanda de muitos anos da PF.
MJ News
Segundo a assessoria do MJ, ‘todos os secretários’ da pasta e o DG da PF estão mantidos. Com os quais o ministro tem mantido reuniões de trabalho.
Silêncio do Poder
Se o juiz Sérgio Moro quer mesmo saber mais sobre a suspeita de ligação do PT com a “operação abafa” da morte do prefeito Celso Daniel, basta mirar sua lupa na Esplanada. E se perguntar por que, desde o início do Governo Lula, o partido sempre foi generoso com cargos importantíssimos para a viúva do alcaide, Miriam Belchior.
Unidade, não..
Ex-ministro de Dilma, Moreira Franco afirma que o rompimento do PMDB com o governo representa “unidade’ e “maturidade”. Mas Moreira desconversou sobre o racha no partido e a permanência de ministros no governo. “O PMDB não tem dono”.
“É a crise?”
Ecoa na Praça dos Três Poderes a frase do ministro Luís Roberto Barroso após gafe do Cerimonial da Corte na visita de deputados do PMDB há dias. Nem cafezinho foi servido durante a longa conversa. “É a crise ?”, ironizou o ministro ao garçom.
Farda regrada
A presidente Dilma baixou o Decreto 8.705 para regulamentar o uso das fardas das Forças Armadas. Tem até oficial que ficará a cargo da cor e do uso, para cada ocasião.
Alento
Em meio à turbulência, a presidente Dilma recebeu alento do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo: “Tá difícil, mas ainda tem jeito.”
Recordar é viver
Presidente da Câmara à época do impeachment do ex-presidente Collor, o hoje deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) diz não ver “clareza” na denúncia contra a presidente Dilma. “Se não tiver apoio das ruas o impeachment não anda”, afirma.
Olho Grego & língua solta
O ministro Luís Roberto Barroso, que insinuou na frase gravada em aula temer um futuro governo peemedebista, tem seu lado místico. Ostenta à entrada do gabinete um “Olho de Hórus” – símbolo do Egito Antigo que significa “poder e proteção”.
Teve Golpe!
“Golpe” é o nome de vinho português produzido na ilha da Madeira. Curiosamente foi servido no cardápio do Seminário Luso-Brasileiro de Direito, organizado em Lisboa pelo ministro Gilmar Mendes, do STF. O senador José Serra (PSDB-SP) recusou.
Ah, Paloccinho
Não é só de João Santana de quem Dilma sente falta nesta aflição. Ela se ancorava em Antonio Palocci no primeiro governo. Ele participava de todas as decisões. Quando caiu, sob contrariedade dela, Dilma soltou: “Ai meu Deus, perdi meu Paloccinho”.
Intensivão
Especialista em política e com experiência em assessoria a mandatários, a jornalista Fernanda Galvão promove no Rio, em maio, curso sobre mudanças das regras eleitorais.
Ponto Final
“Michel Temer é o capitão do golpe”
Do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) e pré-candidato à Presidência da República em 2018.