Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Corrida contra o relógio

27/12/2016 às 20:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:14

O governo está fechando o caixa do ano e quer começar 2017 com menos penduricalhos. A observação de um analista em Brasília reflete a pressa do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, que faz seguidas reuniões para encontrar uma saída para o programa de consolidação fiscal, que esbarra no projeto do Regime de Recuperação Fiscal e de renegociação de dívidas dos Estados. O problema é quando a questão sai da área técnica e vai para a política. O projeto aprovado no Congresso e que está nas mãos do presidente Michel Temer é um vexame.

Nada do mesmo

Eduardo Guardia fez um périplo ontem, mas no encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Dem-RJ), saiu sem uma solução para a contrapartida dos estados.

Três em um

Temer pode vetar o projeto que veio do Congresso ou editar um decreto que regulamenta o projeto ou mandar um novo projeto para os parlamentares em fevereiro.

Teste de popularidade

O presidente Michel Temer mira o Nordeste para melhorar sua imagem. Na segunda viagem à região em duas semanas, falou “nordestês” com populares escolhidos em Maceió.

Interesses convergem

A aliança do PMDB com PT em torno do projeto de abuso de autoridade continuará firme no próximo ano. A ideia é votar o texto logo em fevereiro. O grupo quer acabar com os “excessos”, como o do juiz Sérgio Moro, na Lava Jato. Para os petistas a questão é cristalina. Não é retaliação, é “estipulação de regras” – para não ter como pena aposentadoria integral dos juízes corruptos.

Sem fogos

Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na região Metropolitana de Recife, dá um exemplo ao Brasil. Cancelou a festa do réveillon por falta de recursos.

Espera é grande

As gestantes terão que aguardar 40 dias, no mínimo, para terem acesso aos repelentes que protegem contra o mosquito Aedes Aegypti, que transmite doenças como a chikungunya.

Mais atraso

O processo de licitação no Ministério da Saúde anda a passos de tartaruga. Como há previsão de recursos após a conclusão do certame, a distribuição vai atrasar ainda mais.

Contrainformação

Frase que estará nas camisetas dos manifestantes em janeiro: “Lula, o mais brasileiro dos brasileiros. Moro, o mais norte-americano dos brasileiros”.

Salvar o líder

É do pessoal do PT que pretende demolir a imagem do juiz Sérgio Moro, que pode enquadrar o ex-presidente, que sonha voltar ao Palácio do Planalto.

Cotas para negros

O governo federal resolveu fiscalizar melhor a veracidade da autodeclaração de cotistas negros em concursos públicos. A segunda portaria sobre a questão foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Ela cria um grupo de trabalho para estabelecer critérios definitivos que orientem as declarações dos concurseiros.

Prazo

Os integrantes do grupo irão se reunir pela primeira vez até o final de janeiro. A partir desse encontro será definido um cronograma de atividades, cujo trabalho pode se estender por seis meses. Há previsão de prorrogação de mais três meses, para que a polêmica seja definitivamente solucionada.

Quase quieto

Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) diz que não vê movimentação para sugestões de nomes para a Liderança do Governo. Só para a primeira vice-presidência da Câmara.

Ponto Final

Do deputado Paulo Pimenta (PT-RS): “Com o golpe, o Brasil perdeu também respeito pelo Judiciário, a começar pela sua instância máxima, o STF ”.

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