Na mensagem que prepara para o Congresso Nacional em fevereiro, cuja comissão interministerial começou a esboçar, o presidente da República, Michel Temer, incluiu a concessão da operação das loterias federais da Caixa, como as tradicionais Quina e Mega Sena. Temer também planeja privatizar os investimentos em saneamento básico – incentivando PPP’s com as prefeituras – mais aeroportos e investir em terminais regionais – plano que já era de Dilma Rousseff. Vai também ‘desestatizar’ grande parte do setor de energia elétrica.
Quem manda
O cabeça da operação é o ministro Moreira Franco, seu braço direito no governo e que já presidiu a vice de Loterias da Caixa. Homem certo para a operação.
Presentão
Há quem veja a concessão de serviços de saneamento um presente para as grandes empreiteiras de sempre, que minguaram com a “Lava Jato”.
Democracia
Nota-se o silêncio ensurdecedor de panelas nas varandas e janelas, e o grito de movimentos nas ruas. Onde estão? Só valiam para os desmandos do PT?
Que país é esse?
Qual a relação entre Renato Russo e sua famosa banda Legião Urbana com a atual crise que desafinou as notas do governo de Michel Temer? O ministro Geddel Vieira Lima, derrubado do cargo pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, estudou com Renato em uma escola de Brasília.
Coincidências
Renato chamava Geddel de “suíno”. O enredo político-musical também tem como personagem o delegado Josélio Azevedo de Sousa que colheu o bombástico depoimento de Calero e é fã ardoroso da Legião.
171 pela CPI
Deputados e senadores da oposição garimpam dissidentes e os chamados “parlamentares neutros” para conseguir 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado para instalar uma CPMI para apurar o tráfico de influência de Geddel.
Sem folga
Geddel sai de cena mas a cena política não o deixa. Ele vai trabalhar forte por telefonemas para tentar minar, entre ex-colegas, a CPMI que se articula.
Comemoração quieta
Os ex-presidentes Dilma e Lula evitaram comentar a demissão do ministro Geddel Lima. Faz parte da nova estratégia petista de cautela para evitar a acusação de que o partido torce pelo “quanto pior, melhor”.
Hein!?
Não ficou claro o motivo da reunião-surpresa entre o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) e o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), no gabinete do tucano na tarde de segunda-feira e sem previsão na agenda.
Corte..
Com a assinatura de 27 colegas, o senador Magno Malta (PR-ES) protocolou na mesa-diretora do Senado uma PEC que fixa em R$ 15 mil os salários de deputados e senadores pelos próximos 20 anos.
.. para valer
“Temos que fazer o dever de casa”, pondera o senador Magno ao lembrar que o prazo é o mesmo previsto no regime fiscal do governo de Michel Temer.
Batendo ponto
Com Geddel na grelha, dois ministros palacianos – Eliseu Padilha e Moreira Franco – entraram na função, dispararam telefonemas e se reuniram com senadores para articular a aprovação da PEC do Teto de Gastos.
A conferir
Avisaram ao presidente Temer que o “caso Geddel” não mudou o cenário e o governo terá até 63 votos a favor do ajuste no 1º turno, na terça-feira.