Um relatório confidencial elaborado por grandes multinacionais que operam no Brasil circula entre empresários de alto estirpe e aponta um rombo três vezes maior que os R$ 170,5 bilhões anunciados ontem à noite pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O Governo não estaria contabilizando as perdas da administração indireta de grandes órgãos como BNDES, Petrobras, Eletrobras e bancos oficiais. O relatório também projeta a Selic em tendência de alta e a inflação entre 8% e 12% nos próximos dois anos
Curto-circuito
Na coletiva de ontem, os ministros Meirelles e Romero Jucá (Planejamento) deram uma amostra: reconheceram que os dados da Eletrobrás ainda são uma caixa preta.
Credibilidade
No balanço do caos, como é titulado o documento entre os executivos, as multinacionais previam dólar a R$ 5 se a presidente Dilma continuasse.
Do Barril
A única notícia boa deste relatório confidencial é a previsão de alta do preço do barril, com indicação para acima de US$ 50.
Turma da rua
Por fim, o documento mostra que o desemprego é muito pior no País. O Governo Dilma não contabilizava os que recebem seguro-desemprego, que são milhões.
Controle...
As bancadas da bala e cristã-conservadora controlam a comissão de Educação na Câmara dos Deputados. Os socialistas progressistas reclamam. Há na pauta dois projetos de deputados tucanos que direcionam atividades dos professores e contra a diversidade e direitos humanos.
...educacional
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) cita o PL 867/15, o “Escola sem partido”, de autoria de Izalci (PSDB-DF) – o projeto critica eventual direcionamento ideológico na grade curricular – e o 1411/15 de Rogério Marinho (RN), que pune o professor que permitir manifestações de alunos – como o caso das ocupações de escolas.
Olho vivo
Henrique Meirelles não toparia trocar o alto salário de CEO do Grupo JF Holding para ser ministro de um governo falido. Ele quer projeção. Sonha ser candidato à Presidência em 2018 pelo PSD, no qual é filiado.
Tesoura partidária
O presidente Michel Temer recebeu de ministros planilha de eventos vinculados ao PT bancados por ministérios e bancos do Governo. Mandou cortar todo o financiamento.
Soldado no front
Jaques Wagner recebeu convite do governador Rui Costa para assumir qualquer pasta na Bahia. O ex-ministro recusou, vai se dedicar “à militância pessoal e virtual”
Tchau, querida
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, foi sincero ao ser perguntado pela presidente afastada Dilma sobre o cenário do impeachment: “Nada mudou”, disse lacônico. Os dois tiveram breve encontro no Palácio da Alvorada.
PSB perdido
O PSB está sem ícone nacional após a morte de Eduardo Campos. O ex-governador capixaba Renato Casagrande, que perdeu a reeleição, está ofuscado. O do DF, Rollemberg, não disse a que veio. E Paulo Câmara, de Pernambuco, ainda é um poste.
Barrado no baile
O novo chanceler José Serra foi excluído da lista de convidados de eventos promovidos pela União das Nações Sul-Americanas. Mas é o número 1 na lista dos argentinos.
BB e Osmar
O Banco do Brasil avisa que a operação da PF não tem nada a ver com a gestão de Osmar Dias na vice de Agronegócios da instituição. A Operação Turbocred é desdobramento da Golden Boy, sobre fraudes pontuais de servidores em Ribeirão Preto.
Ponto Final
País rico é outra coisa. Com o abate do atirador de Washington ontem em frente à Casa Branca, descobriu-se que o presidente Obama, bem após o almoço, jogava golf...