Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Sem cobrança, reguladoras desafiam direitos civis

29/04/2016 às 21:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:12

A revelação da OAB de que vai fechar o cerco à atuação das agências reguladoras e às suas ingerências políticas causou apreensão na turma. Sem cobranças públicas, as reguladoras atuam como querem, respaldadas pelo governo, e quem sofre é o cidadão. A ANTT não tem fiscais para novos postos construídos em rodovias. A Anvisa tem delegado fiscalização a órgãos estaduais e municipais. A Anac revogou normas como a do transporte de animais, e deixa a lacuna para as empresas aéreas decidirem.

De casa

A ANS fechou o cerco ao GEAP, plano de saúde do funcionalismo federal. Mas atua brandamente contra operadoras privadas.

Óleo na pista

A ANP, que possui laboratório de análise de combustível em Brasília, atua por amostragem. Pouco reprime ilícitos nas vendas de combustível e gás.

Co-irmãs 

Vale lembrar que a Antaq (aquáticos) e a ANTT (terrestres) seriam uma só agência, mas a pressão política as desmembrou. É assédio por vagas de todos os lados. 

Lá, como cá

A Odebrecht está na mira das autoridades também nos Estados Unidos, onde tem obras bilionárias na Flórida. O jornal Orlando Weekly revelou que a empreiteira doou US$ 70 mil para Jeb Bush, ex-governador da Flórida, escrever sua biografia. Foi doação oculta para a sua Fundação que leva o nome do político. Parece muito com algo no Brasil...

Arrocho no canteiro

A Odebrecht está vendendo boa parte de seus ativos no exterior para tentar se safar. Ao contrário do Brasil, em vários países, como nos EUA, as corporações devem responder pelos seus atos. Pagam multas milionárias e ficam proibidas de contratar novas obras.

La Plata

Causou estranheza na oposição e até aliados a pressa da presidente Dilma em renovar o contrato bilionário do programa Mais Médicos, parceria com Governo de Cuba. 

Mineirices

Ganha um pão de queijo do vice Michel Temer quem adivinhar o nome do tucano responsável por tirar José Serra da Educação para o Itamaraty, sem vitrine eleitoral. 

Te cuida, Cunha

O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, revela que a Ordem não mira apenas Dilma Rousseff no impeachment. Tão logo passe seu processo, a entidade vai para cima de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, réu no STF. 

Na fila

Lamachia lembra que recusou-se a entregar o pedido de impeachment de Dilma elaborado pela OAB a Eduardo Cunha. Foi direto no protocolo da Câmara. “A permanência dele é insustentável, interfere no devido processo legal”, diz o advogado.

Sem carnê

A crise anda braba mesmo, menos para o jogador Neymar. Ele comprou da família Klein, das Casas Bahia, o jatinho Cessna seminovo de R$ 37 milhões, com TED na conta. E sem parcelar em 24 vezes. 

Espelho do Brasil

O episódio hilário do cavalo que deixou o ladrão para trás no assalto na Paraíba (veja no Facebook da Coluna) é o espelho de Brasília: lembra o PMDB ajudando o PT a assaltar o país, e correndo da cena do crime, deixando Dilma a pé, com o camburão na cola. 

70 anos

O Brasil completa hoje 70 anos da proibição dos cassinos no país, pelo decreto-lei 9.215 do presidente Gaspar Dutra. Número simbólico para um ano pertinente, justamente quando se prevê a volta das operações dos jogos.

Ponto Final

Como já repete há anos o jornalista Villas-Bôas Correa, sobre os políticos de Brasília: “Só falta assalto a mão armada”

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